O diabetes, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, está ligado a hábitos de vida que exigem atenção e cuidado contínuo. De acordo com especialistas, uma série de atitudes rotineiras podem contribuir significativamente para o aumento dos níveis de glicose no sangue. Isso pode levar ao desenvolvimento dessa doença metabólica além de piorá-la em pessoas que já tem diabetes.
A glicose no sangue é a principal fonte de energia para as células do corpo humano. É um tipo de açúcar presente na corrente sanguínea, proveniente da digestão dos alimentos, especialmente aqueles ricos em carboidratos. O organismo regula cuidadosamente a quantidade de glicose no sangue para manter o equilíbrio saudável, principalmente por meio da insulina, hormônio que o pâncreas produz.
Glicose alta é perigo!
Níveis elevados ou baixos de glicose podem indicar problemas de saúde, como diabetes, exigindo atenção médica adequada para manter a saúde e o bem-estar.

Para a médica Reine Marie Chaves, coordenadora endocrinologista do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), é essencial conscientizar sobre a importância de uma alimentação equilibrada e de hábitos de vida saudáveis.
“É necessário que o indivíduo tenha a orientação de um profissional de saúde, principalmente um nutricionista, sobre o índice glicêmico dos alimentos que ele gosta de consumir“, ressalta a especialista.
Quais são os hábitos que podem aumentar a glicose?
Entre os hábitos prejudiciais identificados, está o consumo excessivo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, que não só contribuem para o ganho de peso, mas também aumentam a produção de insulina no organismo. Esse aumento progressivo da insulina pode levar à resistência ao hormônio, aumentando assim o risco de diabetes tipo 2.
Sono irregular também pode prejudicar
Outro fator preocupante é a qualidade do sono. Noites mal dormidas ou a falta de sono adequado podem afetar a produção de hormônios relacionados ao apetite e à saciedade, levando a uma maior ingestão calórica durante o dia. Além disso, distúrbios do sono, como a apneia, podem elevar os níveis de cortisol, o que por sua vez pode levar à resistência à insulina.
A médica reforça ainda sobre o uso de determinados medicamentos, como corticosteroides, que pode elevar a glicemia.
“Muitas vezes a pessoa tem uma gripe, uma dor de garganta, e se automedicam e usam corticoide. Isso pode aumentar os níveis de glicose, assim como também um consumo exagerado de alimentos com açúcar”.
Exercício físico
A falta de atividade física é outro ponto crítico. A prática regular de exercícios não apenas controla os níveis de açúcar no sangue, mas também melhora a ação da insulina nas células, reduzindo assim a resistência ao hormônio. Estudos demonstraram que mudanças simples no estilo de vida, como a incorporação de exercícios regulares, podem reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Cigarro é fator sensível para diabetes tipo 2
O tabagismo também é um fator a ser considerado. Pesquisas sugerem que fumar está associado a um aumento no risco de diabetes tipo 2 devido à inflamação crônica e ao acúmulo de gordura visceral induzidos pelo tabaco.
O cuidado com alguns hábitos simples pode fazer toda a diferença, buscando manter uma vida mais saudável é possível evitar assim o diabetes, para quem não tem esta doença, ou até mesmo mantê-lo controlado, para quem já tem.
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