Imagine poder monitorar a glicose de forma rápida, prática e sem precisar furar o dedo várias vezes ao dia. Para crianças, adolescentes e gestantes com diabetes em Rio Verde, no interior de Goiás, essa realidade já é possível graças a um programa da Secretaria de Saúde do município. A iniciativa garante o acesso gratuito ao sensor de glicose Freestyle Libre, tecnologia que vem transformando o dia a dia de muitas famílias.
Uma nova rotina para quem convive com diabetes
Rebeca, de apenas cinco anos, aprendeu cedo a lidar com a doença. Desde os três anos e sete meses, ela convive com o diabetes tipo 1. Mas, com o sensor de glicose, a menina já sabe identificar quando os níveis estão altos ou baixos, sem precisar das incômodas picadas no dedo. “Quando está muito baixo, aparece ‘LO’. Quando está alto, aparece ‘HI'”, explica Rebeca, mostrando o visor do sensor.
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A mãe da menina, que sempre esteve atenta à condição da filha, destaca o impacto positivo do dispositivo.
“Antes, precisávamos furar o dedo várias vezes ao dia. Agora, em segundos, conseguimos monitorar a glicose dela, tanto em casa quanto na escola”, conta.
A praticidade também facilitou a rotina escolar, pois nem todos os profissionais estão preparados para fazer a medição tradicional com furadas no dedo.
Como funciona o programa de distribuição de sensor de glicose
Com mais de 220 mil habitantes, Rio Verde é uma das cidades que saíram na frente no cuidado com o diabetes. O programa da Secretaria de Saúde nasceu após uma inspiração em projetos semelhantes implementados em outros municípios, como Atibaia (SP) e Aparecida de Goiânia (GO).O objetivo era oferecer mais qualidade de vida e segurança para crianças, adolescentes e gestantes com diabetes.
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“Observamos o impacto positivo desses programas e resolvemos criar um protocolo adequado para nossa realidade. Com o aval do Conselho Municipal de Saúde, implementamos a distribuição gratuita dos sensores”, explica o Secretário de Saúde do município.
Acompanhamento de perto
Os pacientes recebem acompanhamento contínuo e participação em programas de educação em saúde. Além disso, a ideia é despertar o senso de autocuidado e corresponsabilidade no monitoramento da doença. “Criamos momentos de aprendizado dentro do Centro de Referência em Hipertensão e Diabetes, para que os pacientes possam entender melhor a doença e saber como agir em diferentes situações”, destaca o secretário.
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Além disso, tecnologia também permite que os pais monitorem a glicemia dos filhos mesmo à distância. Por exemplo, o caso de Rebeca, seu pai, que mora em outra cidade, também consegue acompanhar os níveis de glicose da filha em tempo real. “Essa modernidade trouxe muito mais segurança para nós. Hoje, só usamos a ponta do dedo para tirar alguma dúvida”, ressalta a mãe da menina.
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