O exame de ponta de dedo, popularmente usado para medir a glicose em quem convive com diabetes, também chega a ser um método para diagnóstico em pessoas que não tem a condição. Mas a pergunta é: se não tenho diabetes, faço um teste, estou com a glicose alterada, será que devo me preocupar? A resposta vai depender de alguns fatores.
O diagnóstico de diabetes, condição que afeta 16 milhões de brasileiros, pode ir além do simples teste de ponta de dedo.
Como fazer o diagnóstico?
O Brasil segue algumas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) para diagnosticar a doença. Em 2024, os critérios de diagnóstico da doença foram atualizados e incluiu novos valores de glicemia para o diagnóstico de diabetes, após 1 hora do exame de tolerância à glicose, conhecido como curva glicêmica. Veja os critérios para diagnosticar o diabetes ou a pré-diabetes divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF):
- Glicemia de 1 hora na Curva Glicêmica e Teste de tolerância à Glicose (TTGO): Maior ou igual a 209 mg/dl;
- Glicemia de 2 horas na Curva Glicêmica e Teste de tolerância à Glicose (TTGO): Maior ou igual a 200 mg/dl;
- Glicemia em jejum: maior ou igual a 126 mg/dl;
- Glicemia ao acaso + sintomas: Maior ou igual a 200 mg/dl;
- Hemoglobina Glicada (HbA1c): maior ou igual a 6,5%.
Ponta de dedo
De acordo com a endocrinologista e pesquisadora Denise Franco, o teste de ponta de dedo, usado para medir os níveis de glicemia, não é suficiente para definir fechar o diagnóstico. Em entrevista ao programa “Diabetes Informa: pequenas ações, grandes impactos”, ela afirmou:
“Eu faço com duas medidas de glicemia em jejum em que o resultado seja igual ou maior que 126. Isso revela se há alguma alteração e se vale a pena procurar um endocrinologista.”
O teste rápido pode levar a resultados nem tão precisos, mas já podem indicar alguma alteração. No entanto, é preciso também ficar atento aos sinais do seu corpo, como o emagrecimento, a vontade excessiva de beber água e ir ao banheiro.
Mais de 40% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS), ainda desconhecem seu diagnóstico de diabetes, o que acende um alerta para a conscientização.
Fatores de risco
Especialistas alertam ainda para a importância de exames rotineiros, especialmente para pessoas com fatores de risco, como obesidade e histórico familiar de diabetes na família.
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