Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético
Canetas inteligentes interligadas a sensores e a aplicativos. Pode ser essa a combinação que vai tirar para sempre a contagem de carboidratos da vida das pessoas com diabetes.
A integração dos sistemas com um toque da inteligência artificial foi assunto prevalente na última edição do ADA, Congresso da Associação Americana de Diabetes, realizado em San Diego, na Califórnia, Estados Unidos.
A endocrinologista Denise Franco, parceira do portal Um Diabético, acaba de voltar do evento e trouxe as novidades. “Na verdade na vida prática do dia a ida, a a maior parte das pessoas elas estimam carboidratos, então qualquer tecnologia que possa ajudar nesse processo e facilitar a vida e quem tem diabetes no processo de contagem de carboidratos tá valendo”, analisa a médica especialista, que bateu um papo com Tom Bueno.
Principais inovações
Inteligência artificial e aprendizado de máquina: Pesquisas estão sendo realizadas para desenvolver algoritmos que possam prever e ajustar automaticamente as doses de insulina com base em dados contínuos de monitoramento de glicose, histórico alimentar e outros fatores. Isso pode ajudar a simplificar ou automatizar o processo de contagem de carboidratos.
Pâncreas artificial: A tecnologia do pâncreas artificial combina um monitor contínuo de glicose com uma bomba de insulina, permitindo a automação do controle glicêmico. Esses sistemas buscam ajustar automaticamente as doses de insulina com base nos níveis de glicose, eliminando a necessidade de contagem de carboidratos por parte da pessoa com diabetes.
Sensores de glicose integrados a dispositivos de entrega de insulina: Estão sendo desenvolvidos dispositivos que combinam a medição contínua de glicose com a administração automatizada de insulina. Esses sistemas podem calcular e ajustar automaticamente a dose de insulina necessária com base nos níveis de glicose e na ingestão de carboidratos, simplificando o processo para o usuário.
Conta ou não conta?
Outro assunto muito discutido no congresso é sobre a real eficácia da contagem de carboidratos. “Tem sistemas, bombas novas, que estão promovendo a não contagem de carboidratos. E eles comparam os estudos com quem conta e quem não conta, será que tem diferença? Quem faz a contagem ainda tem melhores resultados no controle do diabetes”, analisa Denise Franco.