Diabetes e Dengue: risco de internação é 63% maior, diz estudo

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Nesta segunda-feira (26), o Brasil contabiliza 184 mortes confirmadas por dengue e outras 609 sob investigação desde o início do ano. Os dados são do Ministério da Saúde, que também revela um acumulado de 920 mil casos da doença nas primeiras oito semanas de 2024. 

No caso das pessoas que convivem com diabetes, os cuidados devem ser redobrados tanto com o controle da glicose quanto em relação a prevenção da dengue. Um estudo publicado na Travel Medicine and Infectious Disease, em 2023, revela que a pessoa com diabetes tem maior chance de evoluir para casos mais graves que precisam de intenção. A pesquisa identificou sinais precoces de dengue grave em pacientes com diabetes, como:

  • Perda do apetite
  • Dificuldade de raciocínio e cognição 
  • Função renal prejudicada
  • Outras complicações causadas pela glicose alta 

O estudo revelou que pessoas com diabetes diagnosticadas com dengue têm um risco de hospitalização 63% maior em comparação com pacientes sem diabetes, que apresentam um risco médio de 38% de necessidade de internação. Ao todo, 936 pacientes diagnosticados com dengue, foram avaliados, dos quais 20% (184) eram pessoas com diabetes. A maioria, idosos com outras condições de saúde, como sobrepeso e pressão alta, fatores que podem ter contribuído para o aumento das hospitalizações.

A dengue grave ocorre quando a doença reduz as plaquetas e os glóbulos vermelhos, levando a sangramentos descontrolados e comprometendo a nutrição dos órgãos. O diabetes afeta a composição do sangue e, quando combinada com a dengue, pode levar a complicações mais graves.

A dengue aumenta os níveis do hormônio cortisol no corpo, aumentando o estresse e promovendo a transformação dos alimentos em glicose. No entanto, essa glicose não é processada adequadamente em pessoas com diabetes devido à falta de insulina, o que agrava ainda mais a condição.

A pesquisa ressalta a importância de um manejo mais eficaz dos pacientes com diabetes durante surtos de dengue, sugerindo um monitoramento mais intensivo e uma triagem mais precisa nos departamentos de emergência. Além disso, destaca a necessidade de estratégias de rastreamento mais ativas para ambas as condições entre as pessoas que vivem em regiões endêmicas de dengue. 

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