Muitas vezes ouvimos que “comer açúcar causa diabetes”, mas essa afirmação não é totalmente correta. Estudos mostram que o consumo de doces, por si só, não causa diabetes tipo 2, muito menos o tipo 1 que se trata de uma doença tipo imune. Fatores como genética, obesidade e estilo de vida contribuem para o desenvolvimento da doença. Inclusive, o aumento do peso é o principal fator de risco para desencadear o diabetes tipo 2.
A pesquisa publicada no jornal “BMJ” analisou 31 estudos e não encontrou evidências consistentes de que o consumo de açúcar, isoladamente, aumenta o risco de diabetes tipo 2. Na mesma linha, o estudo da “PLoS Medicine”, revista científica, identificou que mulheres que consumiam doces de forma moderada tinham, na verdade, um risco menor de desenvolver a doença.
Açúcar: perigo do consumo excessivo
Embora o açúcar por si só não cause diabetes, o consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, incluindo doces, pode levar ao ganho de peso. A obesidade é o principal fator de risco para o diabetes tipo 2. Portanto, uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas são essenciais para a prevenção da doença.
Em que situações o açucar pode salvar a vida de quem tem diabetes?
Pessoas com diabetes precisam monitorar seus níveis de glicose no sangue, e em casos de hipoglicemia (baixos níveis de glicose no sangue), o consumo de açúcar pode ser a opção mais acessível para regular os níveis de glicemia e e evitar complicações graves.
O consumo moderado de doces, dentro de uma dieta equilibrada e um estilo de vida ativo, pode não ser prejudicial, mas vale reforçar que cada caso é um caso. No entanto, o excesso, especialmente em combinação com outros fatores de risco, pode contribuir para o desenvolvimento da doença.
Para prevenir o diabetes, é fundamental adotar hábitos alimentares saudáveis, praticar atividades físicas regularmente e realizar consultas médicas frequentes. A educação sobre a verdadeira natureza da relação entre açúcar e diabetes é essencial para combater mitos e promover a saúde pública.
Referências:
- https://www.bmj.com/content/381/bmj-2022-071609
- https://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1003972
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