Maurílio Goeldner
Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br
Os isotônicos fazem parte da rotina de quem faz atividade física prolongada. É o caso da Gilmara Storm, de 47 anos, que joga vôlei e até disputa campeonatos com o time de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ela convive com diabetes tipo lada e é leitora do portal Um Diabético.
A atleta escreveu pra gente querendo saber se ela pode tomar isôtonicos.
Quem vai ajudar a responder à dúvida da Gilmara é a nutricionista Carol Netto, que recomenda que as pessoas com diabetes não tomem esse tipo de bebida: “não é uma bebida indicada para quem convive com diabetes”. Os isotônicos ajudam a repor eletrólitos perdidos durante o exercício intenso. Eles contêm água e sais minerais como sódio e potássio, porém também tem muito açúcar. “O isotônico tem maltodextrina, sacarose e alguns também tem frutose. Maltodextrina é o mesmo carboidrato que tem no arroz, no macarrão. Isso significa que tem alto índice glicêmico, ele sobe rapidamente a glicemia”, alerta Carol.
Alternativas
Existem no mercado alguns isotônicos produzidos com baixo teor de açúcar, ou até mesmo versões sem açúcar. Essas opções podem ser mais adequadas para pessoas com diabetes, pois minimizam o impacto nos níveis de glicose.
A nutricionista Carol Netto pondera que os isotônicos até podem ser uma opção em casos de exercícios mais intensos, mesmo assim com alguns cuidados. “Quem faz contagem de carboidratos, tem um bom controle e aplica a dose certa de insulina pode tomar, mas sempre tendo a certeza de que aquela atividade física prolongada vai queimar essa caloria ingerida”, alerta a especialista.
Ela ainda lembra que a água continua sendo a melhor escolha geral para hidratação.
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