No Carnaval deste ano, o Brasil celebrou a história de Milton Nascimento na Sapucaí. O cantor mineiro, dono de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, foi homenageado pela Portela, que terminou a apuração em quinto lugar. Mas, além do talento incomparável, Milton Nascimento também carrega um desafio de saúde: ele convive com o diabetes tipo 2 e a Doença de Parkinson. O que pouca gente sabe é que essas duas condições podem estar ligadas e agravar uma à outra.
O elo entre diabetes e Parkinson
Uma pesquisa do Reino Unido apontam que pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco maior de desenvolver Parkinson. O motivo está na insulina, hormônio fundamental para o metabolismo do corpo. No diabetes tipo 2, as células perdem a capacidade de responder adequadamente à insulina, levando à resistência insulínica. Esse problema não afeta apenas o controle do açúcar no sangue, mas também a saúde do cérebro, que depende da insulina para manter os neurônios funcionando corretamente.
Cientistas descobriram que a resistência à insulina pode aumentar o acúmulo de uma proteína chamada alfa-sinucleína, associada às células nervosas danificadas no Parkinson. Além disso, estudos indicam que pessoas com diabetes e Parkinson apresentam um agravamento mais rápido dos sintomas motores e cognitivos. A qualidade de vida é impactada mais cedo, com maior risco de perda de independência e depressão.
Os fatores de risco do Parkinson
Além da relação com o diabetes, outros fatores podem aumentar as chances de desenvolver a doença de Parkinson. O neurologista Rubens Cury destaca três principais:
- Traumatismo craniano: pancadas fortes na cabeça podem aumentar a vulnerabilidade dos neurônios;
- Exposição a pesticidas: Alguns produtos químicos usados na agricultura podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
Como se proteger?
Apesar dos riscos, algumas mudanças no estilo de vida podem reduzir as chances de desenvolver Parkinson e diabetes tipo 2:
- Praticar atividades físicas regularmente, pois exercícios ajudam na sensibilidade à insulina e protegem o cérebro;
- Adotar uma alimentação equilibrada, evitando excesso de açúcares e alimentos ultraprocessados;
- Dormir bem, pois noites mal dormidas podem afetar a regulação da insulina e aumentar inflamações no organismo;
- Evitar exposição a produtos químicos nocivos, principalmente pesticidas.

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