A busca por procedimento estético tem crescido no Brasil e no mundo e é natural que pessoas que convivem com diabetes também estejam nesse crescimento. Mas nem todos os tratamentos são recomendados para esse público. O dermatologista Dr. Felipe Ribeiro explica que algumas opções não têm restrições, enquanto outras exigem cautela e acompanhamento especializado.
Preenchimento e bioestimuladores em procedimentos
Quem tem diabetes pode realizar preenchimento facial sem restrições. O procedimento com ácido hialurônico e os bioestimuladores, que ativam a produção de colágeno, são opções seguras. “A pessoa pode fazer preenchimento. Tanto o preenchimento com o ácido hialurônico, quanto o bioestimulador, que está muito na moda, que são aquelas injeções que a gente aplica para aumentar a produção do colágeno”, explica Dr. Felipe.
Peeling é alto risco!
Entre os tratamentos que requerem atenção está o peeling de fenol. Esse procedimento, famoso por promover um rejuvenescimento intenso, não é indicado para pessoas com diabetes, mesmo com a glicose controlada.
“Os peelings profundos, que é o peeling de fenol, não podem ser feitos, porque a pele não cicatriza legal e a cicatrização depois do peeling de fenol é muito importante”, afirma o dermatologista.
Mesmo para aqueles que conseguem manter os níveis de glicemia estáveis, o risco ainda existe. A circulação da área e a hidratação são menores. Até pode ser feito, mas exige cuidados rigorosos no pós-procedimento, alerta Dr. Felipe.
Monitoramento da glicemia é essencial no pós-procedimento
Procedimentos ablativos, como laser, agulhamento e peeling, podem impactar diretamente os níveis de glicemia. “Ele pode tanto aumentar a glicemia quanto abaixar muito. Então precisa monitorizar sempre esse pós”, enfatiza o especialista.
Além disso, infecções e inflamações podem surgir, o que pode exigir o uso de medicamentos como corticoides. É preciso usar corticoide, prednisona, e ela é muito forte para quem convive diabetes. Então, é importante observar os cuidados do pós para que não gere uma complicação e da complicação vire uma sequela.
Por isso, Dr. Felipe Ribeiro diz que contar com uma equipe médica qualificada é essencial para evitar problemas e ajustar qualquer necessidade de tratamento.
“Quem sabe tratar a complicação geralmente é muito bem treinado. Isso é muito importante, tanto o endocrinologista, que vai tratar da deslipidemia do diabetes, quanto o dermatologista, que vai saber conduzir se algo destoa um pouquinho do que era esperado”.
E o Botox?
Ao contrário de outros procedimentos, a aplicação da toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, não oferece riscos. “Pode, independente. Bom controle, mau controle, tipo 1, tipo 2, está liberado, não é uma contraindicação”, assegura Dr. Felipe.
O Botox atua paralisando o músculo para prevenir rugas e marcas de expressão. Quando se faz o movimento, por exemplo, de levantar a sobrancelha, ficam algumas ruguinhas aqui em cima. E essas rugas, com o tempo, vão marcando. Então, a pele sofre fraturas. E essas fraturas são possíveis de prevenir aplicando o Botox na área, como explica o especialista.
O procedimento é simples, rápido e inclui a opção de anestésico para maior conforto. “São injeções, pontinhos, que não doem. É uma aplicação bem rapidinha”, afirma Dr. Felipe.
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