Você sabia que o consumo de carne ou carne processada pode aumentar o risco de diabetes tipo 2? Pois é, essa informação foi confirmada por um estudo recente publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology.
Essa pesquisa revelou que o consumo regular de carne, especialmente carnes vermelhas e processadas, pode aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2.
O estudo, que analisou dados de quase 2 milhões de pessoas ao redor do mundo, levanta preocupações sobre os hábitos alimentares que muitos consideram comuns, mas que podem ter sérias implicações para a saúde a longo prazo.
O que diz o estudo sobre a carne processada
O estudo foi uma meta-análise de larga escala que incluiu 31 lugares pelo mundo, como América do Norte, Europa, Ásia e Pacífico Ocidental.
Com um acompanhamento médio de 10 anos, os pesquisadores identificaram mais de 100 mil casos novos de diabetes tipo 2 entre os participantes.
O consumo diário de carne foi analisado detalhadamente, diferenciando entre carnes vermelhas não processadas, carnes processadas, como salsichas e bacon, e aves.
Os resultados mostraram que:
- O consumo de 100 gramas de carne vermelha não processada por dia estava associado a um aumento de 10% no risco de diabetes tipo 2;
- Já o consumo de 50 gramas de carne processada diariamente resultou em um risco 15% maior.
- Mesmo ao comer aves, visto como uma opção mais saudável, foi associado a um risco 8% maior de diabetes tipo 2, embora essa associação tenha sido menos consistente.
Opções para substituir a carne processada
- Leguminosas: Feijões, lentilhas e grão-de-bico são ricos em proteínas e fibras, promovendo saciedade e auxiliando no controle da glicemia.
- Tofu e tempeh: derivados da soja, são opções versáteis e nutritivas, com baixo teor de gordura saturada.
- Peixes: Além de serem boas fontes de proteína, peixes como salmão e sardinha são ricos em ácidos graxos ômega-3, benéficos para a saúde do coração.
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Estudo EPIC: O estudo EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition) é uma das maiores investigações já realizadas para investigar a conexão entre nutrição e doença crônica, envolvendo centenas de pesquisadores, mais de 500.000 participantes e doze anos de dados. O que os pesquisadores descobriram foi muito simples: carne (especialmente carnes processadas como bacon, frios, salsichas, cachorros-quentes e hambúrgueres) aumenta o risco de diabetes tipo 2, enquanto uma dieta rica em frutas e vegetais reduz o risco de diabetes. O estudo EPIC também revelou que a substituição de 5% da gordura saturada por frutose (de frutas ou fontes refinadas) reduz o risco de diabetes em 30%, e que a substituição de 5% da proteína por frutose reduz o risco de diabetes em 28%. Mesmo que as principais recomendações sugiram que comer glicose e frutose (de frutas) aumentará o risco de diabetes tipo 2, depois de estudar mais de meio milhão de pessoas, os pesquisadores da EPIC concluíram que esses monossacarídeos realmente diminuem o risco de diabetes tipo 2, especialmente quando são consumidos como substitutos de gordura saturada e alimentos ricos em proteínas