Coxinha: os cuidados que uma pessoa com diabetes deve ter ao comer o salgado

Alimentação

A coxinha, uma paixão nacional, é uma presença constante em festas e lanches. Mas para quem convive com diabetes, é importante entender como esse petisco pode impactar a glicemia. O segredo para consumir coxinha sem comprometer a saúde está na moderação e no conhecimento dos ingredientes.

Coxinha: carboidratos e gorduras

Imagem: Internet/Reprodução

A coxinha tradicional é feita com farinha de trigo, rica em carboidratos simples, que se transformam rapidamente em glicose no sangue. Além disso, o recheio, geralmente de frango, pode incluir catupiry, adicionando mais gordura à equação. E como ela é frita e empanada, isso aumenta ainda mais o teor de gordura, interferindo diretamente na absorção dos carboidratos pelo organismo.

A nutricionista Carol Netto explica que a gordura atua como um “freio” na absorção dos carboidratos, retardando a entrada da glicose na corrente sanguínea. Isso significa que, ao consumir uma coxinha, o pico glicêmico pode ocorrer horas depois da refeição, exigindo monitoramento contínuo, especialmente para quem tem diabetes tipo 1. Já para quem tem diabetes tipo 2, a absorção pode ser ainda mais lenta, o que pode dificultar a percepção do aumento gradual da glicose.

Qual a quantidade de coxinha que pode ser consumida?

Para se ter uma ideia, uma pequena coxinha de festa contém aproximadamente 5 gramas de carboidrato, equivalendo a uma colher de sopa de arroz branco ou integral. Embora pareça pouco, é fundamental considerar o impacto acumulado ao longo de uma refeição, principalmente se o consumo incluir outros acompanhamentos ricos em carboidratos e gorduras, como ketchup, maionese ou mostarda.

Quem tem diabetes pode comer coxinha?

A resposta é sim, mas com moderação. Consumir coxinha ocasionalmente não representa um problema grave para quem tem diabetes, desde que se tome cuidado com a quantidade e a frequência. Frituras, em geral, devem ser evitadas, não apenas pelo risco de descontrole glicêmico, mas também pelo impacto negativo no colesterol, o que pode levar a outras complicações de saúde.

Opções mais saudáveis

Se a coxinha é irresistível para você, vale considerar alternativas mais saudáveis, como as versões assadas ou preparadas na airfryer, que reduzem significativamente a quantidade de gordura. Outra dica é ficar atento ao tipo de massa utilizada, já que algumas receitas incluem batata ou mandioca, aumentando o teor de carboidratos.

Se o consumo de coxinhas for inevitável, monitore a glicose antes e após a refeição, pratique atividades físicas e, se necessário, ajuste a medicação conforme orientação médica.

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