O ovo é um alimento versátil que pode ser um grande aliado para pessoas com diabetes. Incorporá-los à dieta diária não só é uma escolha saborosa, mas também estratégica para manter o controle da glicemia e promover uma alimentação equilibrada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) o consumo de ovos, em uma alimentação saudável e controlada em gorduras trans e saturada, parece não exercer efeitos negativos nos níveis de colesterol do sangue. Uma explicação para isso seria o fato de apenas 50% da gordura presente nos ovos é do tipo insaturada (gordura benéfica).
1. Proteína para controle da glicemia e saúde muscular
Uma das principais vantagens dos ovos é seu alto teor de proteína de qualidade. Para quem convive com diabetes, consumir proteínas adequadas é fundamental. Elas ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue sob controle, ao promoverem uma sensação de saciedade prolongada, evitando a fome excessiva e os picos de glicemia que podem ocorrer após refeições ricas em carboidratos. Além disso, a proteína contribui para a preservação e o fortalecimento da massa muscular, o que é importante para a sensibilidade à insulina.
2. Efeito positivo no controle da glicose
Os ovos possuem um baixo índice glicêmico, o que significa que eles liberam glicose de forma lenta e gradual na corrente sanguínea. Esse processo ajuda a prevenir grandes oscilações nos níveis de açúcar no sangue, tornando-os uma escolha segura para pessoas que precisam gerenciar a diabetes com cuidado. Incorporar ovos nas refeições pode ajudar a manter a glicemia mais estável ao longo do dia.
3. Ovo e sua riqueza em nutrientes essenciais
Além de suas propriedades proteicas, os ovos são ricos em vitaminas e minerais essenciais. Eles contêm vitaminas do complexo B, vitamina D, selênio e colina, todos essenciais para o funcionamento adequado do corpo. Esses nutrientes apoiam a saúde cerebral e o metabolismo energético, ambos fundamentais para o bem-estar de quem convive com diabetes.
Embora os ovos contenham gordura, a maioria é composta por gorduras insaturadas, benéficas para a saúde cardiovascular. Essas gorduras ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) e proteger o coração, uma preocupação importante para pessoas com diabetes, que estão em maior risco de doenças cardíacas.
Ovo é bom, mas é preciso comer com moderação
Apesar dos muitos benefícios, é importante que o consumo de ovos seja feito com moderação e dentro de uma dieta equilibrada. Preparações como ovos cozidos, pochê ou omeletes com vegetais são ótimas opções, enquanto frituras e o excesso de gema devem ser evitados. Para garantir que o consumo de ovos se encaixe nas necessidades individuais, é sempre recomendável consultar um nutricionista.
O Physicians’ Health Study descobriu que as pessoas com diabetes aumentam significativamente seu risco de mortalidade por todas as causas depois de comer cerca de cinco ovos por semana, e dois outros estudos envolvendo mais de 80.000 pessoas descobriram que comer mais de seis ovos por semana aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular em pessoas com diabetes. Além disso, estudos recentes associaram o consumo de ovos a um aumento da placa arterial. Os pesquisadores descobriram que três ovos por semana aumentaram significativamente a formação de placa arterial nas artérias carótidas, o que, por sua vez, aumentou o risco de hipertensão, acidente vascular cerebral e ataque cardíaco. Estudos também mostraram que comer mais de dois ovos e meio por semana aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de próstata em mais de 81%. Uma meta-análise publicada no European Journal of Nutrition, contendo mais de quarenta e quatro estudos realizados em mais de 400.000 indivíduos, descobriu que o risco de cânceres gastrointestinais aumentou linearmente com o aumento do consumo de ovos. Os autores descobriram que a correlação mais forte era entre o consumo de óvulos e câncer de cólon, e que comer mais de cinco ovos por semana aumentou o risco de câncer de cólon em 42%. Os ovos promovem o desenvolvimento do câncer porque são ricos em colesterol e colina, os quais podem promover a formação de tumores.