A distribuição de insulina para pacientes com diabetes tipo 1 em São Paulo está passando por uma mudança importante. A Secretaria de Estado de Saúde decidiu diminuir a entrega da insulina Tresiba (Degludeca) e manter apenas a Glargina na rede pública. O governo realizará o processo gradualmente. A decisão, no entanto, gerou preocupação entre os pacientes, que souberam da mudança por meio de grupos de WhatsApp. Diante disso, o portal “Um Diabético” procurou a Secretaria para entender os motivos dessa alteração e como ela vai impactar quem precisa do medicamento.
Como essa mudança de insulinas vai acontecer?
A Secretaria de Estado da Saúde explicou, em nota ao “Um Diabético”, que a substituição da Degludeca pela Glargina seguirá uma orientação do Ministério da Saúde. Esse tipo de insulina faz parte da mesma classe terapêutica, ou seja, ambas são de longa duração e ajudam a manter os níveis de glicose controlados ao longo do dia.
A transição será feita aos poucos. Primeiro, os pacientes que já usam a insulina Glargina por meio de demandas judiciais ou administrativas vão passar a recebê-la pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), do próprio estado. Depois, os que utilizam a Degludeca vão precisar conversar com seus médicos para avaliar se podem fazer a troca. Se o profissional de saúde considerar que a mudança não é recomendada para o paciente e apresentar uma justificativa médica, ele poderá continuar recebendo a Degludeca.
A notícia está gerando repercussão entre as pessoas que convivem com diabetes, especialmente aqueles que dependem da Degludeca para manter o controle glicêmico. Alguns relataram preocupação com os efeitos da troca, já que cada organismo reage de maneira diferente aos medicamentos. Outro ponto levantado é a falta de informação oficial. Muitos souberam da mudança apenas por meio das redes sociais e estão inseguros sobre como proceder.
O que diz o Ministério da Saúde sobre as insulinas?
O portal “Um Diabético” também consultou o Ministério da Saúde para entender a mudança, e se afetará todo o Brasil. No entanto, até o momento, não tivemos resposta.
Enquanto isso, os pacientes que utilizam a Degludeca devem ficar atentos e conversar com seus médicos sobre a possibilidade da troca. É importante acompanhar as informações oficiais da Secretaria de Estado da Saúde para saber como o processo ocorrerá e garantir que todos tenham acesso ao medicamento.