Raiva, ansiedade e tristeza: como os sentimentos afetam o controle do diabetes

Tratamento

O assunto foi debatido na live semanal do canal Um Diabético por um time de especialistas

Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético

Pensa num dia daqueles: você dorme mal, acorda com o barulho de uma britadeira, descobre que seu cartão de crédito foi clonado e ainda tem aquele antigo problema no relacionamento que voltou a te atormentar…

E por mais que você se esforce, tome a insulina, coma direitinho, faça exercício, parece que nada é capaz de controlar a glicemia… Acredite, você não está só. Todo diabético passa por isso. As emoções afetam sim no controle da glicemia.

O jornalista Tom Bueno, apresentador do canal Um Diabético falou desse assunto em um bate papo cheio de informação com um time de profissionais de primeira: a psicóloga Elaine Rosa e os endocrinologistas Denise Franco e Rodrigo Siqueira.

Tom Bueno recebeu um time de profissionais de primeira: a psicóloga Elaine Rosa e os endocrinologistas Denise Franco e Rodrigo Siqueira

Já no começo da conversa, Elaine falou sobre a ansiedade, uma característica muito atual. Ela lembrou que é possível extrair os aspectos positivos da ansiedade e evitar que ela seja prejudicial: “Controlar a ansiedade é buscar conhecimento e perceber tudo que você está precisando naquele momento. Para a ansiedade ser uma informação do que tá acontecendo com a pessoa e não ser uma desregulação emocional, porque aí sim prejudica no controle do diabetes”, ressaltou.

Recado para as mulheres

Uma seguidora do canal, que estava acompanhando a live relatou que quando está abalada emocionalmente faz hipoglicemia e quis saber da endocrinologista Denise Franco se isso é normal. A médica ressaltou que cada ser humano é um ser humano. E deu o exemplo do que acontece com muitas mulheres. “o mais comum em momentos de ansiedade temos um potencial pra ter hiperglicemia, mas pode variar”.

Outra seguidora falou sobre a dificuldade do controle glicêmico durante o período menstrual. “As mulheres tem muita essa oscilação glicêmica nesse período. Normalmente também sobe, porque fica mais ansiosa, mais tensa, tem os hormônios contra reguladores, mas em geral depois que vem a menstruação até cai e existe mais risco de hipoglicemia”, ponderou Denise.

Teste da ponta do dedo

O endocrinologista Rodrigo Siqueira fez um alerta interessante sobre o uso de sensores durante as crises. Ele lembra que o aparelho ajuda bastante a visualizar a chegada da hipoglicemia. Porém para registrar a saída da hipoglicemia ele não é tão eficiente: “O sensor demora a mostrar a melhora da hipoglicemia, por mais que você esteja usando. Então eu costumo dar uma dica: Passando os 15 minutos que vc comeu açúcar, faz a “ponta de dedo” pra confirmar que você saiu da hipoglicemia. Senão a tendência é ficar comendo, comendo e comendo… daí e vai ter uma baita hiperglicemia depois”, alertou.

Veja a íntegra do bate papo aqui

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