Pessoas com diabetes têm o dobro do risco de perda auditiva, segundo estudo

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Pessoas com diabetes enfrentam o dobro do risco de perda auditiva, e aquelas com pré-diabetes têm um risco 30% maior comparado àquelas com níveis normais de açúcar no sangue. Para reduzir o risco de perda auditiva, é fundamental realizar exames auditivos regulares, manter o nível de açúcar no sangue controlado e proteger os ouvidos em ambientes barulhentos.

Existem várias opções para auxiliar pessoas com perda auditiva, além dos aparelhos auditivos, como relógios digitais com alertas por vibração, aplicativos de apoio e grupos de suporte. Embora a perda auditiva possa ocorrer naturalmente com o envelhecimento, pessoas com diabetes têm um risco significativamente maior. Um estudo revelou que a perda auditiva avança duas vezes mais rápido em pessoas com diabetes do que naquelas sem a condição. Além disso, pessoas com pré-diabetes têm uma taxa de perda auditiva 30% maior.

Katie Koebel, fonoaudióloga e gerente sênior de audiologia na HearingLife Canada, explorou a relação entre diabetes e perda auditiva e ofereceu conselhos para proteger a audição. Yoel Krigsman, que nasceu surdo e tem diabetes tipo 2, compartilhou suas estratégias para gerenciar ambas as condições.

Causas da perda auditiva

A perda auditiva pode ser leve ou grave e se divide em dois tipos principais:

  1. Perda auditiva condutiva: Ocasionada por bloqueios, como fluido ou cera, que impedem a transmissão das ondas sonoras. Este tipo pode geralmente ser tratado com medicamentos ou cirurgia.
  2. Perda auditiva neurossensorial: A mais comum e permanente, resulta do dano ao ouvido interno ou ao nervo auditivo devido a fatores como envelhecimento, exposição a ruídos altos, medicamentos tóxicos, ou certas doenças. Normalmente, é tratada com aparelhos auditivos ou implantes cocleares.

Há também a perda auditiva mista, que combina fatores condutivos e neurossensoriais.

Diabetes e perda auditiva

Ainda não se entende completamente a conexão entre diabetes e perda auditiva, mas Koebel explica que a perda auditiva associada ao diabetes pode envolver danos aos nervos e vasos sanguíneos do ouvido interno. Altos níveis de açúcar no sangue podem prejudicar os pequenos vasos nos ouvidos, assim como afeta outros órgãos, como os rins e o coração. A hipoglicemia também pode contribuir, reduzindo os sinais nervosos que chegam aos ouvidos.

Certos medicamentos, especialmente diuréticos usados por muitos diabéticos, podem afetar a audição. Caso você esteja tomando diuréticos e perceba alterações na audição, é recomendável consultar seu médico e um especialista em audição.

Sintomas de alerta

A perda auditiva geralmente ocorre gradualmente e pode ser difícil de perceber no início. Às vezes, amigos e familiares notam a perda antes de você. Os sintomas incluem:

  • Pedir frequentemente para repetir o que foi dito
  • Dificuldade em seguir conversas
  • Problemas para ouvir em ambientes barulhentos
  • Dificuldade em ouvir vozes baixas
  • Necessidade de aumentar o volume da TV
  • Zumbido persistente nos ouvidos

Se você apresentar algum desses sintomas, é importante consultar um médico para avaliar a perda auditiva.

Prevenção da perda auditiva

Para proteger sua audição, considere estas medidas:

  • Realize triagens auditivas regulares. A American Speech-Language-Hearing Association recomenda que adultos sem fatores de risco façam exames a cada 10 anos e a cada três anos após os 50.
  • Mantenha os níveis de açúcar no sangue controlados. Estudos mostram que pessoas com hemoglobina glicada de 8% ou mais têm maior taxa de perda auditiva. Consulte regularmente seu endocrinologista para ajustar seu tratamento.
  • Use proteção auricular em ambientes barulhentos, como shows e locais de trabalho com altos níveis de ruído.
  • Pare de fumar. Fumar está associado a um risco maior de perda auditiva e outros problemas de saúde.

Koebel recomenda discutir com seu médico ou equipe de diabetes sobre estratégias para proteger sua audição, mesmo que você ainda não apresente perda auditiva.

Ferramentas e suporte

Há diversas ferramentas úteis para pessoas com perda auditiva, além dos aparelhos auditivos. Esses incluem:

  • Alertas de vibração e conectividade: Smartwatches podem enviar alertas vibratórios para quem usa bombas de insulina ou monitores contínuos de glicose (CGM). Krigsman usa um dispositivo chamado SugarPixel para monitorar seu açúcar no sangue à noite e alertar sobre alterações com vibração e sons.
  • Aplicativos: Há aplicativos que transcrevem a fala em texto e ajudam na comunicação, como Live Transcribe, Ava e Otter.ai. Também existem aplicativos que permitem compartilhar dados de CGM com amigos e familiares, como Dexcom Follow e SugarMate.
  • Apoio social e educação: Participar de grupos de apoio e educação, como o Deaf Diabetes Can Together (DDCT), pode ser muito benéfico. Compartilhar experiências e aprender com outros pode ajudar a gerenciar ambas as condições.

Embora a perda auditiva possa ocorrer com o envelhecimento, pessoas com diabetes e pré-diabetes têm maior risco. É crucial proteger a audição e buscar exames se perceber sintomas de perda auditiva. Converse com seu médico sobre como minimizar o risco de danos auditivos e mantenha-se informado sobre ferramentas e estratégias de apoio.

Koebel recomenda monitorar seus níveis de açúcar no sangue, realizar exames auditivos e usar proteção auricular em ambientes barulhentos para prevenir a perda auditiva. Krigsman sugere paciência e flexibilidade no aprendizado sobre diabetes e perda auditiva, enfatizando que é um processo contínuo e adaptável.

2 thoughts on “Pessoas com diabetes têm o dobro do risco de perda auditiva, segundo estudo

  1. Diabetes doença triste que ainda não tem cura por que da muitos dinheiro aos cofres mundiais! Eles não tem sentimento aos grandes sofrimentos dos portadores. 😢 😢

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