Maurílio Goeldner
Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br
Uma nova abordagem utilizando células-tronco pluripotentes tem demonstrado resultados promissores na busca pela cura do diabetes. “Estamos num caminho que pode possibilitar que a pessoa com diabetes tipo 1 não precise mais usar insulina”, destaca a endocrinologista Denise Franco que acompanhou a divulgação dos resultados dessa pesquisa, no último congresso mundial realizado em Hamburgo, na Alemanha.
As células-tronco pluripotentes, presentes em todos nós, possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula no corpo humano. No contexto do diabetes tipo 1, esse potencial se tornou uma fonte renovada de esperança. Especificamente, as células betas, produtoras de insulina, podem ser geradas a partir dessas células-tronco.
Uma empresa líder em biotecnologia, a Vertex, deu passos significativos nesse campo de pesquisa. Eles demonstraram que, quando as células-tronco pluripotentes são protegidas e implantadas em um ambiente seguro, podem efetivamente restaurar a produção de insulina em pessoas com diabetes tipo 1. “Existem dois modelos de tratamento em estudo clínico. No primeiro modelo, é necessário que o paciente passe por um processo chamado de imunossupressão. A imunossupressão envolve o uso de medicamentos que evitam que nosso sistema de defesa tente atacar as “novas células”. No segundo modelo, um novo grupo de células apresenta uma característica especial que torna desnecessário o uso de imunossupressão. Essas células têm a capacidade de evitar o reconhecimento pelo sistema imunológico como estranhas ao organismo”, destaca endocrinologista.
Em vez de lidar com injeções diárias de insulina e monitoramento constante da glicose, essa abordagem inovadora pode potencialmente permitir que os pacientes tenham mais qualidade de vida.
Embora o caminho para a cura completa do diabetes tipo 1 ainda seja longo, os avanços na pesquisa com células-tronco oferecem uma perspectiva promissora. A abordagem da Vertex demonstra que a restauração da produção de insulina é possível, abrindo as portas para um futuro onde o gerenciamento do diabetes tipo 1 seja mais simples, seguro e eficaz.
É importante notar que a pesquisa está em andamento, e é necessário tempo para que a terapia seja aprimorada e amplamente disponível.
Eu tenho diabetes há 24 anos e desde que fui diagnosticada ouço falar desses estudos com células-tronco, cheguei até a participar de um experimento de um médico charlatão e lembro que na época (eu era criança), meus pais foram muito xingados pela minha médica por terem me colocado em risco de vida.
Desde então, não confio muito quando se fala em “cura do diabetes”. Acho que só vou acreditar mesmo quando tiver algum estudo conclusivo. Até lá, são apenas estudos, que há 20 anos têm sido feitos…
Minha filha tem diabetes desde os 3 anos, hoje ela está com 36 . Lembro que fomos em uma reunião de diabéticos onde uma enfermeira que havia vindo de um congresso, palestrou dizendo que a a cura estava bem próxima, que depois do ano 2000 , não haveria mais diabetes, que teríamos que pesquisar nos livros, que doença era essa , que não se podia comer açúcar. Estamos em 2023. Tem muitos interesses multinacionais por trás, muito dinheiro envolvido. Infelizmente.
Sou diabético a 31 anos e sonho com o dia em que a cura será divulgada.!!!
Sou diabética há 44 anos e a descoberta ocorreu com 1 ano de idade. Não vejo evolução do ponto de vista técnico já que continuamos a utilizar insulinas para um suposto controle. Não há investimento adequado para a realização de estudos aprofundados porque a indústria farmacêutica lucra com a nossa doença. O único estudo realmente de qualidade que vi foi da Universidade do Canadá que precisa de verba para aprofundar a cura de fato. Portanto, o correto é que haja incentivo e parceria das universidades públicas com essa que já possui estudos avançados para que possamos ter uma luz no final do túnel.
O investimento na cura do câncer só saiu porque pesa para os planos de saúde.
O diabético é uma mina de ouro com o universo de problemas que essa doença causa. Triste, mas é a verdade!!