O Ozempic, medicação injetável para tratar o diabetes tipo 2, tem sido utilizado por muitas pessoas no Brasil e no mundo para emagrecer. Um dos efeitos causados pelo remédio é agir semelhante ao hormônio liberado pelo intestino que causa a sensação de “saciedade”, mas o que algumas pessoas acabam se esquecendo é que o uso deve ser feito apenas após a prescrição e acompanhamento médico, além de outras medidas importantes para evitar os efeitos colaterais.
De acordo com a própria bula do medicamento, algumas reações podem surgir após o uso do remédio. As mais comuns são:
- Indigestão
- Inflamação do estômago – “gastrite”
- Sensação de enjoo, náusea ou vômito
- Refluxo ou azia
- Dor no estômago e/ou inchaço no estômago
- Constipação – prisão de ventre
- Sensação de tontura e cansaço
Isso não significa que todas as pessoas vão apresentar esses sintomas, mas o uso inadequado da medicação ou os erros que as pessoas comentem podem aumentar as chances.
Por isso, nós separamos os 3 principais erros comuns:
Automedicação
Segundo a endocrinologista, Dra. Denise Franco, as pessoas não devem ir à farmácia sem orientação médica. É importante entender se o paciente tem alguma contraindicação.
A médica ressaltou ainda que os efeitos colaterais podem ser adversos em casos de automedicação, isso porque o paciente não leva em consideração o seu quadro de saúde e histórico familiar, itens que podem afetar na maneira com que o medicamento vai agir no organismo.
“Alguns pacientes não podem fazer uso do medicamento, caso tenha risco de ter doença tireóide ou tido câncer de tireoide na família, por exemplo. Cada caso precisa ser avaliado.” ressaltou Denise.
Altas dosagens
É necessário fazer um acompanhamento médico para entender a necessidade que o paciente está tendo, pois caso a pessoa faça uma aplicação de uma dosagem alta do medicamento ela pode ter sérios efeitos colaterais.
“O risco de não ter o acompanhamento médico é de uma aplicação em dosagem errada e acabar provocando um quadro de diarreia grave ou de mal-estar gástrico no paciente”, informou Denise Franco.
Medicação e Estilo de vida
O paciente deve buscar junto ao seu médico orientações para minimizar os efeitos colaterais. Ou seja, manter um estilo de vida saudável com práticas de exercicíos constantes, comer menores porções, evitar frituras, manter-se bem hidratado e evitar álcool são atitudes que podem minimizar os problemas.
A maioria dos eventos tem gravidade leve a moderada e acontece de forma transitória por falta desses cuidados. Fora isso, o ajuste gradual da dosagem da medicação de forma correta minimiza os riscos e pode ser adaptada à tolerabilidade do paciente. A necessidade de descontinuação da medicação por eventos adversos é baixa.
O QUE DIZ O FABRICANTE
A empresa global de saúde, Novo Nordisk, afirma que não endossa ou apoia a promoção de informações em desacordo com a bula, e tampouco a automedicação. A nota cita ainda que o Ozempic foi aprovado e comercializado no Brasil para o tratamento do diabetes tipo 2, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para o tratamento de obesidade. O medicamento foi aprovado pelas autoridades regulatórias do Brasil em agosto de 2018 e comercializado desde o primeiro semestre de 2019.
A farmacêutica afirma ainda que uma opção de caneta emagrecedora que tenha esse propósito é o Saxenda® (liraglutida 3mg), produzida pela Novo Nordisk e que tem autorização da Anvisa como opção de tratamento de adultos com obesidade e sobrepeso com alguma comorbidade associada e adolescentes acima de 12 anos com obesidade, mas que também precisa de uma prescrição médica para o uso.
Quer saber mais? Assista o vídeo abaixo:
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