Morte súbita do coração em pessoas com diabetes pode ser até 10x maior, alerta estudo  

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Um recente estudo realizado nos Estados Unidos aponta que pacientes com diabetes mellitus, especialmente aqueles com diabetes tipo 1, apresentam taxas significativamente mais altas de morte súbita cardíaca em todas as faixas etárias. Os dados foram apresentados pelo Professor Dr. Jacob Tfelt-Hansen, do Departamento de Medicina Legal da Universidade de Copenhague, durante o Congresso da European Society of Cardiology (ESC) de 2024.

Sobre a pesquisa

De acordo com a pesquisa, que analisou a população dinamarquesa, o risco de morte súbita cardíaca entre quem tem diabetes é alarmante. A análise incluiu mais de 5,5 milhões de pessoas, identificando 6.851 casos de morte súbita, dos quais 155 eram de pessoas com diabetes tipo 1 e 1.055 com diabetes tipo 2.

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Os resultados mostram que a média de idade dos pacientes com diabetes tipo 1 que sofreram morte súbita cardíaca era de 50 anos, enquanto para aqueles com diabetes tipo 2, a média era de 65 anos. As taxas de incidência de morte súbita cardíaca se mostraram elevadas em todas as idades, indicando a necessidade urgente de um melhor acompanhamento e estratégias de prevenção para esses pacientes.

Tempo de vida entre quem tem diabetes

O estudo também revelou que, em indivíduos com diabetes tipo 1, o risco de morte súbita cardíaca é quase 10 vezes maior para aqueles com menos de 30 anos. Além disso, o problema é 20 vezes maior entre aqueles de 30 a 40 anos. Para o diabetes tipo 2, o risco é quase seis vezes maior até os 30 anos e 5,6 vezes maior na faixa dos 30 aos 40 anos.

Além disso, a pesquisa destacou a perda significativa de anos de vida: aproximadamente 14 anos para quem tem diabetes tipo 1 e 6,1 anos para quem tem diabetes tipo 2. Desse total, cerca de 3,8 e 2,2 anos, respectivamente, estão relacionados à morte súbita cardíaca.

Os especialistas ressaltam a importância de um monitoramento constante e a necessidade de intervenções para melhorar o tratamento do diabetes e prevenir sua incidência, especialmente do tipo 2. A adoção de hábitos saudáveis e o controle rigoroso dos fatores de risco cardiovascular são essenciais.

Esse estudo reforça a urgência em se considerar o diabetes como um fator crítico na saúde cardiovascular, demandando atenção especial dos médicos na prevenção de eventos cardíacos graves.

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