Órgão enfrenta dificuldades para garantir fornecimento de insulina no SUS: Entenda o caso e as medidas tomadas.
Isabella Pedreira, da Redação Um Diabético
O Ministério da Saúde reconheceu que o Brasil pode ter “apagão ” de insulina rápida no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de maio. Por meio de nota oficial, a pasta informou que está buscando alternativas para evitar o desabastecimento do medicamento essencial para muitas pessoas com diabetes que precisam controlar a glicose no sangue, mas caso falte os análogos de insulina rápida no SUS não descarta oferecer para os pacientes insulina regular até que a situação se normalize.
No documento, o Ministério da Saúde admitiu que tem enfrentado dificuldades para adquirir os análogos de insulina por meio dos processos de compras realizados, o que tem gerado escassez no sistema público de saúde brasileiro. Os motivos para esse cenário de falta de abastecimento incluem a redução do suprimento global de aplicadores de canetas de insulina, capacidade restritiva de produção da empresas autorizadas, um preço de referência abaixo do esperado e incapacidade de atender a demanda.
O MS diz que a situação não é nova para o Sistema Público de Saúde brasileiro, que tem enfrentado uma crise de falta de medicamentos e insumos nos últimos anos. A falta de insulina, em especial, é um problema recorrente e afeta diretamente a vida de milhares de pessoas que dependem do medicamento para sobreviver.
A situação do baixo estoque de insulina nos SUS veio à tona após o Tribunal de Contas da União exigir esclarecimento ao Ministério da Saúde após abertura de processo de compra emergencial de insulina. O estoque do SUS é de cerca de 190 mil canetas que devem durar até o final de abril. O relatório do TCU relaciona o cenário ao fracasso por ausência de propostas de dois pregões, realizados em 23 de agosto de 2022 e em 26 de janeiro deste ano, para aquisição do medicamento; ao estoque insuficiente do produto; e à dificuldade em adquirir novas unidades.
A auditoria foi realizada por solicitação do Congresso Nacional “para investigar eventuais irregularidades existentes nas compras, entregas e armazenamento” dos medicamentos utilizados no tratamento do diabetes.
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