Mãe tenta permanecer em escola para cuidar do filho com diabetes e é expulsa no interior de SP

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Um caso envolvendo uma mãe e seu filho de cinco anos com diabetes tipo 1 em Ribeirão Preto, no interior paulista, está repercutido nas redes sociais. Thalita Araujo Figueira Silva, mãe de Daniel Araujo Alves de Barros, denunciou que foi proibida de permanecer na escola municipal EMEI Carmen Aparecida de Carvalho Ramos para monitorar a glicemia do filho durante o turno escolar. O portal “Um Diabético” busca um posicionamento da Secretaria de Educação de Ribeirão Preto.

Mãe relata dificuldades para monitorar a glicemia do filho

De acordo com Thalita, que conversou com o portal “Um Diabético, Daniel precisa medir a glicemia e aplicar insulina regularmente. No ano anterior, ela permaneceu na escola para acompanhar o filho, mesmo sem o apoio da direção. “Eu fico com o Daniel na escola, né? Para poder aferir a glicemia, medir, aplicar a insulina. E aí eu sempre fiquei, no ano passado, todos. Mesmo com a diretora não gostando, eu sempre fiquei ali, ela não falava nada“, relatou.

No entanto, neste ano, a direção determinou que a mãe deixasse a unidade.

Quando foi agora, ela simplesmente me mandou ir embora da escola, sair de lá, que eu disse que eu só poderia ficar lá em cima na recepção, que eu não poderia ficar lá perto da sala do Daniel, que é onde pega o sinal, né, do celularzinho dele“, explicou.

Desde o início do ano, há uma lei que estabelece que alunos não podem mais usar o telefone no ambiente escolar. No entanto, os estudantes que convivem com diabetes não se enquadram nisso. A sanção da Lei 15.100/2025 determina que fica restrito o uso dos telefones nos colégios, destacando exceções que beneficiam estudantes com diabetes e outras questões de saúde. Apesar de não especificar quais condições de saúde estão incluídas, especialistas esclarecem que essa flexibilização é válida para estudantes que precisam de dispositivos eletrônicos para monitorar a glicose ou administrar o tratamento do diabetes, por exemplo.

Negativa de apoio da escola gera revolta

A decisão da escola de não permitir a permanência da mãe preocupa, já que Daniel necessita de monitoramento constante. Thalita questionou se alguém poderia ficar com o celular do filho na sala de aula, mas a direção também negou essa possibilidade.

Alguém vai ficar com o celular do Daniel? Simplesmente ela se nega a deixar alguém ficar com o celular perto do Daniel lá, a professora ficar com o celular na sala de aula. E ela também se nega que eu fique dentro da escola pra poder pegar esse sinal, sabe? Pra poder medir a glicemia. Aí ela quer que eu vou lá só de duas em duas horas pra medir a glicemia do Daniel.

A mãe divulgou um vídeo onde aparece com Daniel chorando após deixar a escola. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, levantando debates sobre os direitos de crianças com diabetes e a responsabilidade das instituições de ensino em garantir condições adequadas de atendimento.

O que diz a Secretaria de Educação de Ribeirão Preto?

O portal “Um Diabético” fez contato com a Prefeitura e a Secretaria de Educação de Ribeirão Preto. No entanto, até o momento, a pasta e o Executivo não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.

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