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Hemoglobina glicada: estudo revela que pode não ser confiável para todos com diabetes

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O estudo sobre genética da hemoglobina glicada (HbA1c) e disparidades no risco de retinopatia diabética explorou a associação entre variantes genéticas que reduzem os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) sem influenciar diretamente a glicemia e o aumento do risco de complicações relacionadas ao diabetes. O foco principal foi examinar como essas variantes, particularmente em populações com ascendência africana e europeia, influenciam o risco de retinopatia em pacientes com diabetes tipo 2.

Por que o estudo sobre a hemoglobina glicada foi realizado?

A hemoglobina glicada (HbA1c) é amplamente utilizada para medir o controle glicêmico em pacientes diabéticos. No entanto, algumas pessoas possuem variantes genéticas que podem reduzir os níveis de HbA1c sem alterar o nível real de glicose no sangue, o que pode mascarar níveis elevados de glicose e levar ao subtratamento de complicações. Esse estudo visou investigar se essas variantes estavam associadas a um risco aumentado de retinopatia diabética, uma das complicações mais precoces do diabetes.

O que foi descoberto?

O estudo revelou que pessoas com diabetes que carregam variantes genéticas que reduzem a HbA1c sem impactar a glicemia apresentavam uma prevalência maior de retinopatia em comparação com aquelas que não possuem essas variantes, mesmo que ambas atingissem níveis semelhantes de HbA1c medido. Isso foi observado tanto em indivíduos de ascendência africana quanto em ascendência europeia.

O que isso significa na prática?

Os resultados sugerem que os efeitos genéticos precisam ser levados em conta para personalizar as metas de HbA1c e melhorar os resultados no tratamento de diabetes, especialmente em populações diversas. Sem essa consideração, pacientes com variantes que reduzem a HbA1c podem ser diagnosticados tardiamente e receber tratamento inadequado, o que aumenta o risco de desenvolver complicações graves.

Essas descobertas são particularmente importantes para orientar a medicina de precisão no tratamento de diabetes, adaptando as metas de HbA1c ao perfil genético do paciente para reduzir as disparidades no tratamento e nos resultados. Além disso, o estudo levanta questões sobre a adequação do uso de HbA1c como único indicador de controle glicêmico em populações diversas, sem a complementação de outros exames como monitoramento contínuo de glicose ou testes que considerem variações genéticas.

Essa pesquisa representa um passo importante em direção à medicina personalizada, destacando a necessidade de considerar a genética ao definir metas de tratamento para prevenir complicações em pacientes com diabetes de diferentes ancestrais.

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