Fumar vape ou cigarro pode trazer complicações para quem tem diabetes

Fumar aumenta risco de diabetes em até 40%, alerta especialista

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Com a ascensão dos cigarros eletrônicos, os ‘vapes‘ e ‘pods‘, o debate sobre os impactos do tabagismo na saúde ganhou novas dimensões. Enquanto os cigarros convencionais carregam há décadas a fama de vilões para a saúde, os vapes surgiram inicialmente como uma alternativa menos prejudicial.

No entanto, a popularização desses dispositivos trouxe à tona novas preocupações, especialmente para pessoas que convivem com doenças crônicas, como o diabetes.

As pessoas com diabetes, em particular, enfrentam desafios únicos quando expostas aos efeitos nocivos do cigarro e dos vapes.

Alguns estudos indicam que o tabagismo pode agravar o controle glicêmico, aumentando o risco de complicações graves, como doenças cardiovasculares e problemas nos nervos e rins.

Além disso, a nicotina presente tanto nos cigarros quanto nos vapes pode dificultar a ação da insulina, o que é especialmente problemático para pessoas com diabetes que dependem desse hormônio para manter seus níveis de açúcar no sangue sob controle.

Nesta quinta-feira (29), no Dia do Combate ao Tabagismo, o ‘Portal um Diabético’, entrevistou a Dra. Suzianne Lima, médica pneumologista e membro da comissão científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para entender os impactos do tabagismo na vida de pessoas com diabetes.

Cigarros e Vapes: quais os riscos para quem convive com diabetes

Segundo a Dra. Suzianne Lima, fumar pode aumentar os níveis glicêmicos, reduzir o fluxo sanguíneo para os pés e aumentar o risco de danos nos rins e nos olhos. Quando uma pessoa tem diabetes tipo 2, fumar aumenta o risco de amputações e o tabagismo também pode potencializar as complicações da doença, tornando-se uma combinação desastrosa para a saúde.

A especialista afirmou também que o tabagismo pode interferir no tratamento e na eficácia dos medicamentos para diabetes: “O consumo regular de cigarros pode fazer com que as células do corpo desenvolvam resistência à insulina, reduzir o fluxo sanguíneo para os pés e propiciar o chamado pé diabético, além de aumentar ainda mais as chances de danos nos rins e nos olhos e de ocorrência de um ataque cardíaco e de um acidente vascular cerebral” disse Suzianne.

Além disso, trouxe informações sobre o desenvolvimento do diabetes para fumantes: “muitos não sabem mas tabagismo pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 30 a 40%. Um fator determinante, é o número de cigarros fumados por dia diretamente associado a este risco e pode ser devido ao efeito da nicotina na sensibilidade à insulina“.

A nova onda do uso de cigarros eletrônicos e a relação com diabetes

A falsa percepção de que os vapes ou pods são inofensivos atrai muitos jovens, incluindo aqueles com diabetes, para o uso regular desses dispositivos.

Entretanto, especialistas alertam que os vapes também contêm substâncias que podem ser tóxicas para o organismo, incluindo alguns compostos que podem danificar o revestimento dos vasos sanguíneos e aumentar a resistência à insulina.

O uso desses dispositivos eletrônicos, combinado com um estilo de vida já afetado pelo diabetes, pode resultar em um círculo vicioso de deterioração da saúde.

A Dra. Suzianne Lima, afirmou em entrevista para nosso portal que de maneira nenhuma, o vape é melhor do que o cigarro normal. O vape contém nicotina e mais de duas mil substâncias inflamatórias, que podem causar câncer e fazer o descontrole da glicose. Então, o vape não é melhor para ser fumado do que o cigarro tradicional.

A importância do Dia do Combate ao Tabagismo: diabetes e tabagismo não combinam

Portanto, é fundamental que campanhas de conscientização abordem não apenas os riscos associados ao tabagismo em geral, mas também os perigos específicos que esses hábitos representam para pessoas com condições crônicas, como o diabetes.

A educação sobre os efeitos prejudiciais do cigarro e dos cigarros eletrônicos deve ser um componente-chave nas estratégias de saúde pública, visando reduzir a incidência de complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

A Dra. Suzianne ressaltou também que: “Os fumantes com diabetes devem ser incentivados a parar de fumar e a permanecer abstinentes por um tempo prolongado para reduzir o risco vascular ao nível dos não fumantes. como funciona a relação do tabagismo com o diabetes. Caso essas pessoas precisem de tratamento com medicamento, tanto na rede pública quanto privada, procurando pessoas especializadas para tratamento, elas. Que podem ter tratamento medicamentoso também para que elas possam diminuir os sintomas da síndrome de abstinência. Então é muito importante procurar atendimento para a sensação do tabagismo. Diabetes e tabagismo não combinam.

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