Neste domingo (03), o Fantástico, da Rede Globo, revelou uma nova e alarmante investigação sobre a falsificação de Ozempic, um medicamento amplamente utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2 e popular na busca por perda de peso. O destaque da matéria foi o esquema de fraude envolvendo entregadores no Rio de Janeiro, onde medicamentos falsificados são entregues aos consumidores com embalagens que imitam os produtos originais, incluindo rótulos falsos indicando “Nova Fórmula” e códigos de autenticidade fraudulentos.
Detalhes da investigação do Fantástico e o alerta da Anvisa
A reportagem trouxe à tona um cenário de fraude que inclui a modificação de canetas de insulina Fiasp FlexTouch para que pareçam canetas de Ozempic. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta recente, reforçando os riscos da prática e orientando a população a ficar atenta às diferenças entre os produtos. Segundo a Anvisa, foram detectadas canetas de insulina readesivadas com rótulos falsificados de Ozempic, o que levou a casos graves de saúde, como o de uma mulher hospitalizada em estado crítico no Rio de Janeiro após utilizar um desses produtos.
Características que denunciam a falsificação
De acordo com informações divulgadas pela Anvisa e pela Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, existem algumas diferenças visíveis entre os produtos falsificados e os originais:
• Cor da Caneta: a caneta original de Ozempic é azul clara com um botão de aplicação cinza, enquanto as canetas de insulina Fiasp são azul escuro com botão laranja.
• Embalagem alterada: produtos com embalagens rasuradas, com idioma estrangeiro, ou aparência diferente do padrão original devem levantar suspeitas.
• Rótulos enganosos: qualquer menção a “Nova Fórmula” é uma indicação de falsificação, pois a Novo Nordisk não lançou nenhuma nova versão do Ozempic desde sua introdução em 2019.
• Preços incompatíveis: valores muito abaixo dos preços de mercado podem indicar que o produto é falsificado.
Os perigos do uso de medicamentos falsificados
Especialistas alertaram no Fantástico e em comunicados da Anvisa que o uso de medicamentos falsificados pode levar a reações adversas inesperadas, falta de eficácia no tratamento e até a complicações severas, como insuficiência cardíaca e hepática. No caso da paciente do Rio de Janeiro mencionada na reportagem, a hipoglicemia grave foi um exemplo claro dos riscos associados à utilização de produtos falsificados.
Orientações da Anvisa e cuidados recomendados
Para evitar esses perigos, a Anvisa recomenda que:
• Somente adquira medicamentos em farmácias regularizadas e com emissão de nota fiscal.
• Verifique a embalagem e os detalhes do produto: canetas originais devem vir completas, dentro de suas embalagens, e sem sinais de alteração.
• Desconfie de ofertas online: sites e redes sociais que vendem medicamentos sem regulamentação podem ser fontes de produtos falsificados.
A Novo Nordisk reforça que em caso de dúvida sobre a procedência do produto, a população deve evitar seu uso e entrar em contato com a empresa ou as autoridades competentes para mais informações.
Virou notícia no Um Diabético
O projeto Um Diabético já havia trazido à tona um caso impactante de uma vítima desse golpe de falsificação, destacando os riscos à saúde de pessoas com diabetes que acabam utilizando produtos adulterados. Para rever, clique aqui.
A história relatada serviu de alerta sobre a gravidade dessa prática e as consequências sérias que podem surgir, como reações adversas severas e complicações no tratamento. Essa abordagem reforça a importância de iniciativas que informam e conscientizam a população sobre os perigos dos medicamentos falsificados.
A exposição do esquema de falsificação de Ozempic pelo Fantástico, somada ao alerta da Anvisa, traz um importante lembrete sobre os riscos de adquirir medicamentos fora de fontes confiáveis. O consumidor deve estar sempre atento a sinais de falsificação e seguir as orientações das autoridades de saúde para proteger sua saúde e bem-estar.
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