Nesta terça-feira, 28 de janeiro, o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador dos Estados Unidos, aprovou o Ozempic, da Novo Nordisk, para tratar a progressão da doença renal crônica em pessoas com diabetes tipo 2. Este é o primeiro medicamento da classe dos agonistas do receptor GLP-1 a receber aprovação para esse fim, marcando um avanço importante no tratamento de complicações relacionadas ao diabetes.
A decisão foi embasada em dados de um estudo clínico de fase avançada que demonstrou uma redução de 24% no risco de morte, insuficiência renal ou progressão da doença renal em pacientes tratados com a semaglutida, princípio ativo do Ozempic. Essa nova indicação soma-se aos benefícios já conhecidos do medicamento, que incluem o controle glicêmico, a proteção cardiovascular e a redução de peso.
Segundo a Novo Nordisk, cerca de 40% das pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvem algum grau de doença renal crônica, que, em casos avançados, pode evoluir para insuficiência renal, exigindo tratamentos como diálise. Essa aprovação posiciona o Ozempic como uma ferramenta importante para médicos e pacientes na prevenção de complicações graves associadas ao diabetes.
O cenário no Brasil
No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas convivam com diabetes, e uma parcela significativa delas enfrenta complicações renais. A doença renal crônica é uma das consequências mais preocupantes, impactando milhões de pacientes que necessitam de acompanhamento contínuo e manejo adequado da condição.
A aprovação do Ozempic pela FDA traz um novo horizonte para o tratamento de pessoas que convivem com diabetes e doença renal, estimulando discussões sobre seu uso em protocolos médicos no Brasil. Especialistas veem com otimismo a possibilidade de integrar essa inovação às estratégias de manejo de doenças crônicas no país, beneficiando milhões de brasileiros e reduzindo o impacto das complicações do diabetes na saúde pública.
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