As definições que norteiam o diabetes tipo 1 e 2 se espalham por inúmeros fatores, como o hereditário, a idade, a alimentação. Mas é importante lembrarmos que não é só isso. A partir do diagnóstico, temos uma grande diferença. Enquanto o diabetes tipo 1 é a deficiência de insulina no corpo, o tipo 2 é a resistência ou dificuldade de ação desse hormônio.
Início do diabetes
O endocrinologista e PhD em diabetes, Dr. André Vianna, em entrevista para o portal “Um Diabético”, esclareceu as distinções entre essas duas condições. Ele reitera que o início da doença para os dois tipos já é totalmente diferente.
“A diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2 é basicamente o início da doença é completamente diferente. São duas doenças completamente diferentes que se manifestam por um sintoma similar que a hiperglicemia.”
Diabetes tipo 1: deficiência de insulina
O médico explica que o diabetes tipo 1, mais comum entre crianças e adolescentes, é um ataque imunológico onde o corpo deixa de reconhecer células importantes para a produção de insulina. A partir disso, o pâncreas para de produzir o hormônio e desregula a glicemia, o que causa as hiperglicemias.
“Não reconhecendo essas células como próprias, começa uma destruição progressiva e rápida das células beta [células do pâncreas] e a pessoa para de produzir insulina, porque são as células beta são as que produzem insulina.”
600 mil pessoas, segundo as últimas estimativas, convivem com o diabetes tipo 1 e a deficiência de insulina no Brasil.
Diabetes tipo 2: resistência a insulina
O diabetes tipo 2, que afeta mais adultos e idosos, já tem outro viés. Apesar de diferentes, ambos os tipos são sérios e devem ser tratados. É comum, no dia a dia, vir aquele questionamento: “seu diabetes é aquele mais forte ou mais fraco?” No entanto, todos são fortes e podem levar a complicações sérias. O diabetes tipo 2, segundo Dr. André Vianna, afeta as células e até os músculos, pois se tornam resistentes à insulina, mas não param de produzir.
“A insulina não consegue atuar em nível dessas células. Não consegue fazer com que a glicose entre nessas células e a glicose não entrando nas células para servir como combustível, acaba acumulando glicose na corrente sanguínea. E progressivamente também o pâncreas, as células beta do pâncreas, começam a compensar essa resistência fabricando mais insulina.”
Atualmente, o Brasil contabiliza 18 milhões de pessoas convivendo com diabetes tipo 2 em todas as regiões do país. A maioria está concentrada no sudeste.
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