Diabetes: entenda como a doença afeta a cicatrização da pele

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Pessoas com diabetes enfrentam um processo de cicatrização da pele mais lento e complicado devido a várias alterações fisiológicas. “O diabetes pode prejudicar o sistema circulatório, levando a uma redução do suprimento sanguíneo para a área ferida,” explica a Dra. Maria Paula Del Nero, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A neuropatia diabética, comum em diabéticos, pode afetar a sensibilidade e a capacidade de resposta dos nervos, dificultando a detecção e o tratamento de lesões.

De acordo com a Dra. Maria Paula, os principais desafios na cicatrização de feridas em pessoas com diabetes incluem maior lentidão no processo de cicatrização e um risco elevado de infecções.

Indivíduos com diabetes convivem com um sistema imunológico comprometido, o que aumenta a suscetibilidade a infecções, retardando ainda mais a cicatrização. Além disso, os altos níveis de glicose no sangue podem interferir na capacidade do corpo de combater infecções e prejudicar a formação de colágeno, essencial para a cicatrização adequada.

DIABETES E A CICATRIZAÇÃO

Identificar sinais de que uma ferida não está cicatrizando adequadamente é importantepara evitar complicações graves. Segundo a Dra. Del Nero, os sinais de alerta incluem a persistência da ferida por um tempo acima do esperado, aumento da dor, vermelhidão, inchaço, presença de pus, odor e aumento da temperatura local. “Esses sinais indicam que é hora de procurar um profissional de saúde para uma avaliação mais detalhada,” ressalta a dermatologista.

Embora não haja uma diferença definitiva no tempo de cicatrização entre diabetes tipo 1 e tipo 2, fatores específicos associados a cada tipo podem influenciar o processo de cicatrização de maneiras distintas. Para prevenir complicações, a Dra. Del Nero recomenda que pessoas com diabetes sigam uma rotina diária rigorosa de cuidados com a pele e estejam atentas a qualquer sinal de lesão.

Em relação ao tratamento de feridas, é essencial seguir orientações médicas específicas. “Pode ser recomendado o uso de curativos estéreis e pomadas antibióticas após avaliação profissional,” diz a Dra. Del Nero. Ela enfatiza a importância de evitar o autotratamento e buscar sempre orientação de um profissional de saúde para recomendações individualizadas.

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