Diabetes em pets: cães precisam tomar insulina e monitorar glicose?

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O diabetes é uma das doenças endócrinas mais comuns em cães e gatos. Caracterizada pela incapacidade do corpo de regular adequadamente os níveis de glicose no sangue, a condição pode causar sérias complicações, se não tratada. Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais após um tutor aplicar a insulina no seu pet. Mas afinal, como são os tratamentos e tipos de diabetes nos bichinhos?

Tutor aplica insulina em doguinho. Imagem: Reprodução/Instagram – @seudireitodiabetes

Tipos de Diabetes: diferenças entre cães e gatos

Cães: predominância do tipo 1

A veterinária Lucilla Montero explica que o tipo mais comum de diabetes em cães é o 1, também chamado de diabetes insulinodependente, em que o pâncreas não produz insulina suficiente. O Tipo 2, menos frequente, está associado à obesidade e resistência à insulina. Já o Tipo 3 ocorre devido a fatores externos, como doenças pancreáticas ou medicamentos que afetam a produção ou utilização de insulina.

Gatos: prevalência do tipo 2

Nos gatos, a maioria dos casos envolve Diabetes Tipo 2, associado à resistência à insulina e frequentemente ligado à obesidade e dietas inadequadas. O Tipo 1, onde há deficiência na produção de insulina, é mais raro nessa espécie.

Principais causas do diabetes em cães e gatos

Em cães

  • Genética: Algumas raças, como Poodles e Dachshunds, têm maior predisposição.
  • Obesidade: Um dos fatores de risco mais significativos.
  • Idade: Cães mais velhos são mais suscetíveis.
  • Doenças Pancreáticas: Inflamações ou outros problemas no pâncreas podem desencadear a doença.
  • Hormônios: Desequilíbrios como os causados pela síndrome de Cushing influenciam a produção de insulina.

Em gatos

  • Obesidade: Um dos principais fatores de risco.
  • Raça e Genética: Gatos siameses e Burmese têm maior predisposição.
  • Idade: Gatos mais velhos são mais propensos.
  • Dieta: Alimentações ricas em carboidratos e pobres em proteínas podem desencadear a doença.

Sintomas: identificando os primeiros sinais

É essencial observar os seguintes sinais em cães e gatos:

  • Aumento da sede e da urina (polidipsia e poliúria).
  • Perda de peso inexplicável, mesmo com apetite aumentado (polifagia).
  • Letargia e fraqueza.
  • Infecções urinárias recorrentes.
  • Mudanças comportamentais, como irritabilidade.

O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações mais graves.

Diagnóstico e tratamento: garantindo qualidade de vida

Como diagnosticar

Veterinários realizam exames de sangue e urina para medir os níveis de glicose e confirmar o diagnóstico.

Tratamento com insulina

Tanto cães quanto gatos geralmente requerem injeções diárias de insulina. O ajuste correto da dose é feito com base em consultas regulares e monitoramento dos níveis de glicose.

Dieta especializada

Dietas controladas em carboidratos e ricas em fibras ajudam a estabilizar os níveis de glicose. Existem rações específicas para animais diabéticos, como as das marcas Royal Canin e VetLife.

Exercícios e controle de peso

A atividade física regular auxilia no controle do peso e no manejo do diabetes, especialmente em gatos com diabetes Tipo 2.

Monitoramento regular: chave para o controle

O acompanhamento constante com o veterinário é essencial para ajustes no tratamento, prevenção de complicações e manutenção da saúde geral do animal. Além disso, o cuidado adequado pode garantir anos de qualidade de vida para cães e gatos diabéticos.

Convivendo com o diabetes: informações que salvam pets

Com tratamento adequado, dietas específicas e monitoramento regular, cães e gatos podem viver uma vida longa e saudável, mesmo com diabetes. A conscientização dos tutores sobre os sintomas e a importância do acompanhamento veterinário é o primeiro passo para garantir o bem-estar dos animais.

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