O diabetes é uma das doenças endócrinas mais comuns em cães e gatos. Caracterizada pela incapacidade do corpo de regular adequadamente os níveis de glicose no sangue, a condição pode causar sérias complicações, se não tratada. Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais após um tutor aplicar a insulina no seu pet. Mas afinal, como são os tratamentos e tipos de diabetes nos bichinhos?
Tipos de Diabetes: diferenças entre cães e gatos
Cães: predominância do tipo 1
A veterinária Lucilla Montero explica que o tipo mais comum de diabetes em cães é o 1, também chamado de diabetes insulinodependente, em que o pâncreas não produz insulina suficiente. O Tipo 2, menos frequente, está associado à obesidade e resistência à insulina. Já o Tipo 3 ocorre devido a fatores externos, como doenças pancreáticas ou medicamentos que afetam a produção ou utilização de insulina.
Gatos: prevalência do tipo 2
Nos gatos, a maioria dos casos envolve Diabetes Tipo 2, associado à resistência à insulina e frequentemente ligado à obesidade e dietas inadequadas. O Tipo 1, onde há deficiência na produção de insulina, é mais raro nessa espécie.
Principais causas do diabetes em cães e gatos
Em cães
- Genética: Algumas raças, como Poodles e Dachshunds, têm maior predisposição.
- Obesidade: Um dos fatores de risco mais significativos.
- Idade: Cães mais velhos são mais suscetíveis.
- Doenças Pancreáticas: Inflamações ou outros problemas no pâncreas podem desencadear a doença.
- Hormônios: Desequilíbrios como os causados pela síndrome de Cushing influenciam a produção de insulina.
Em gatos
- Obesidade: Um dos principais fatores de risco.
- Raça e Genética: Gatos siameses e Burmese têm maior predisposição.
- Idade: Gatos mais velhos são mais propensos.
- Dieta: Alimentações ricas em carboidratos e pobres em proteínas podem desencadear a doença.
Sintomas: identificando os primeiros sinais
É essencial observar os seguintes sinais em cães e gatos:
- Aumento da sede e da urina (polidipsia e poliúria).
- Perda de peso inexplicável, mesmo com apetite aumentado (polifagia).
- Letargia e fraqueza.
- Infecções urinárias recorrentes.
- Mudanças comportamentais, como irritabilidade.
O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações mais graves.
Diagnóstico e tratamento: garantindo qualidade de vida
Como diagnosticar
Veterinários realizam exames de sangue e urina para medir os níveis de glicose e confirmar o diagnóstico.
Tratamento com insulina
Tanto cães quanto gatos geralmente requerem injeções diárias de insulina. O ajuste correto da dose é feito com base em consultas regulares e monitoramento dos níveis de glicose.
Dieta especializada
Dietas controladas em carboidratos e ricas em fibras ajudam a estabilizar os níveis de glicose. Existem rações específicas para animais diabéticos, como as das marcas Royal Canin e VetLife.
Exercícios e controle de peso
A atividade física regular auxilia no controle do peso e no manejo do diabetes, especialmente em gatos com diabetes Tipo 2.
Monitoramento regular: chave para o controle
O acompanhamento constante com o veterinário é essencial para ajustes no tratamento, prevenção de complicações e manutenção da saúde geral do animal. Além disso, o cuidado adequado pode garantir anos de qualidade de vida para cães e gatos diabéticos.
Convivendo com o diabetes: informações que salvam pets
Com tratamento adequado, dietas específicas e monitoramento regular, cães e gatos podem viver uma vida longa e saudável, mesmo com diabetes. A conscientização dos tutores sobre os sintomas e a importância do acompanhamento veterinário é o primeiro passo para garantir o bem-estar dos animais.
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