Seu pet está doente? Sinais de glicose alta no seu cão ou gato

Pet

Descubra como identificar a doença e salvar a vida do seu melhor amigo.

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

Cães e gatos também podem conviver com diabetes. Como descobrir? Os primeiros sintomas estão relacionados ao apetite e à sede. “É um animal que se torna mais guloso. Come tudo o que encontrar para frente, rouba comida. Também bebe muita água, faz muito xixi, só que começa a perder peso. Então é normal o animal diabético começar a emagrecer. Você vai observar também no xixi do cão ou do gato, muitas vezes, presença de formiga, porque tem açúcar ali”, explica o médico veterinário Marcelo Quinzani, do grupo Pet Care.

O médico veterinário Marcelo Quinzani dá orientações para o tratamento do diabetes em cães e gatos

Em geral, a doença aparece quando os pets já estão mais velhos e atinge menos de 1% da população canina e felina. Uma complicação do diabetes pode ser notada nos olhas do animal, que podem ficar esbranquiçados. “Quando um cachorro que tem aspectos como esses chega no consultório a gente faz uma dosagem rápida de glicose, com o glicosímetro portátil. Uma gotinha de sangue é o suficiente para detectar o aumento da glicemia na amostra de sangue. É um primeiro sinal. A gente vai aí então investigar através de outras dosagens de sangue, exame de ultrassom, exame de urina”, conta Quinzani. Com gatos o procedimento muda um pouco: “o gato se estressa facilmente no consultório E a glicemia às vezes no consultório pode dar em torno de 200, 180, 250. Que seria considerada alta, mas a gente tem que considerar a questão do estresse. Então, em gato, a simples dosagem da glicemia no consultório pode não ser um bom indicativo para diagnóstico”.

É possível dar insulina humana para animais?

Após o diagnóstico, cabe ao tutor iniciar o tratamento do diabetes. Em alguns casos é recomendado o uso de insulina humana no tratamento. “Existe uma insulina veterinária que também pode ser usada, mas a insulina humana nas suas diferentes apresentações, elas podem ser usadas tanto em cão como em gato. A gente ensina como se faz a aplicação e a maioria dos tutores acabam se adaptando a essa rotina e a aplicação de insulina diária”, esclarece o veterinário.

A partir de então o animal de estimação precisa ser avaliado periodicamente. É muito importante que o pet passe a ter uma rotina, um reloginho de atividades, de alimentação e de aplicação de insulina.

A recomendação é evitar interferências de diferentes tipos de dieta, horários variados de alimentação e de atividade física.

Quais raças tem diabetes?

O veterinário explica que o diabetes é menos comum em gatos, mas que atinge igualmente raças pequenas e grandes. “A distribuição é homogênea nas populações, nas diferentes raças e portes de cães e gatos”, explica.

Quais as causas

Existe o fator genético que determina se o animal vai desenvolver diabetes. E assim como nos humanos também há fatores ambientais de manejo que podem favorecer que o animal desenvolva diabetes: “animal obeso, acesso ilimitado à alimentação, falta de atividade física e de exercícios. O animal entra no que a gente chama de síndrome metabólica, com valores de colesterol, triglicérides, hipertensão, todos aumentados. E com isso ele vem a desenvolver ou disparar o gatilho daquele animal que já tem uma predisposição genética familiar para desenvolver o diabetes. Então isso é muito parecido com o humano também”, conclui o médico veterinário.

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