A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou na última semana o Projeto de Lei 5504/23, do deputado federal Pinheirinho (PP-MG), que prevê a presença de profissionais capacitados nas escolas brasileiras para apoiar o tratamento diário de alunos com diabetes tipo 1. A medida visa oferecer auxílio especializado e suporte adequado para mais de 92.300 crianças e adolescentes que convivem com a condição no ambiente escolar.
Com essa proposta, o PL busca garantir que os estudantes recebam o atendimento necessário durante a rotina escolar, facilitando o controle e o manejo da diabetes tipo 1, especialmente desafiador na infância e adolescência. A aprovação do projeto representa um avanço importante no suporte à saúde dos jovens no ambiente educacional, promovendo mais segurança e bem-estar para esses alunos e suas famílias.
Proposta mudaria rotinas
Uma das grandes preocupações de pais e responsáveis é o controle da glicose dos filhos no ambiente escolar. Monique Moraes, mãe da Gabrielle Moraes (16), que convive com a diabetes há 10 anos, conta que o início foi desafiador, porque precisava ir ao colégio todos os dias.
“Eu tinha que ir na escola aplicar a insulina nela. Então, a minha vida, nesse ponto aí, meio que paralisou, né? E eu não podia pegar uma caneta de insulina e dar na mão de uma pessoa que não entendia, né? Então, assim, nas escolas, se tivesse um apoio, né? Seria diferente!
Ela ainda comentou que profissionais ficavam perdidos nas explicações sobre os níveis de glicose e como funcionava o tratamento:
“Quando a Gabrielle era pequena, eu a matriculei em um colégio municipal em que professores e coordenadores ficavam perdidos para entender o que era uma hipo ou hiperglicemia.”
Monique acredita que o projeto mudaria muita a rotina da filha e de muitas pessoas:
“A gente ficaria muito feliz, tendo isso em todas as escolas, sendo municipal, sendo estadual, sendo particular em qualquer escola. Se tivesse uma pessoa ali para dar um suporte para a gente, ajudar, verificar a glicose, se a criança estivesse sentindo algum sintoma ou até sem sentir na hora do almoço, da alimentação da criança ali, do lanche. A preocupação de mãe ficaria um pouco mais leve sabendo que há um profissional auxiliando minha filha!”
Próximos Passos
Segundo o texto, o projeto também poderá incluir a capacitação dos profissionais das instituições de ensino para identificar os sinais de risco. É previsto que seja oferecido ainda um apoio psicossocial. A proposta segue agora para análise na Comissão de Educação, e outras duas comissões.
*Dado do Atlas da Federação Internacional de Diabetes.
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