Arthur, de 2 anos surpreende internet ao fazer seu teste de glicose sozinho

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Arthur, com apenas 2 anos e 7 meses, surpreendeu a internet ao viralizar em um vídeo onde realiza o teste de glicose por conta própria, sempre sob a supervisão atenta de seus pais. Sua mãe, Cinthia Eleodoro, fundadora do perfil Papo de Insulina, abriu o coração e compartilhou a trajetória emocionante e desafiadora de seu filho desde o diagnóstico de diabetes tipo 1.

A história por trás do teste de glicose

O mundo de Cinthia e seu esposo foi virado de cabeça para baixo em 13 de dezembro de 2023. Até então, Arthur era uma criança saudável, com exames regulares e um desenvolvimento sem problemas. No entanto, após um dia aparentemente normal na escola, Arthur começou a vomitar à noite. O que inicialmente parecia uma virose comum logo se transformou em uma grande preocupação. A constante sede e frequente necessidade de urinar fizeram com que os pais buscassem ajuda médica.

A situação se agravou rapidamente: Arthur foi encontrado com a pele roxa e um estado de fraqueza. O levaram imediatamente ao hospital, onde receberam a notícia devastadora de que ele estava com diabetes tipo 1 e em estado grave de cetoacidose diabética. Internado na UTI, Arthur passou dias críticos antes de ser transferido para um quarto, onde iniciou o tratamento.

A adaptação e os desafios

Os primeiros sinais de problemas foram atribuídos ao calor do verão, mas o diagnóstico mostrou a gravidade da condição. Durante o tratamento, Cinthia enfrentou uma batalha interna entre o medo e a necessidade de se adaptar rapidamente a uma nova realidade. Com o tempo, a família encontrou força para incentivar a autonomia de Arthur. Esse espírito de independência foi essencial para ajudá-lo a entender e lidar com a diabetes tipo 1.

Arthur e Cinthia – Arquivo pessoal

Cinthia e seu marido adotaram uma abordagem lúdica chamada “Hora da Formiguinha” para tornar a medição de glicose mais amigável e compreensível para Arthur. A rotina diária de Arthur inclui a aplicação de insulina e refeições balanceadas, com um cardápio que inclui frutas, proteínas e vegetais, e até um pãozinho ocasional.

O desafio da rede de apoio e manejo diário

Com a rotina ajustada, Arthur permanece em período integral na escola, onde a alimentação foi adaptada e a equipe treinada para lidar com suas necessidades de saúde. A falta de uma rede de apoio ampla representa um desafio constante, com receios sobre a hipoglicemia. A família está sempre preparada com sachês de mel e suco, e a necessidade de vigilância constante é um aspecto fundamental da vida de Cinthia e Arthur.

Cinthia enfrenta também problemas com desinformação de alguns profissionais de saúde e o alto custo do manejo diário da condição. A adaptação ao uso de tecnologia, como sensores de glicemia, é um desejo da família, mas por ora, continuam utilizando o método tradicional de teste.

Bastidores do vídeo

Esse processo não aconteceu de uma hora para outra. Foi um desenvolvimento gradual, respeitando o tempo e os limites dele. Na primeira semana, eu apenas pedia para o Arthur escolher o dedo que queria usar para o teste. Na semana seguinte, começamos a introduzir o ato de limpar o dedinho escolhido.

Arthur brincando – Arquivo pessoal

Arthur sempre foi muito curioso, então deixei que ele tocasse na fita de teste quando demonstrou interesse. Poucos dias depois, permiti que ele encaixasse a fita no glicosímetro. Foi só semanas após esse início que eu deixei que ele mesmo furasse o dedinho para o teste. Agora, estamos ensinando, aos poucos, a colocar a gotinha de sangue na fita.

“O que quero dizer com isso para todas as mamães é que é fundamental incentivar essa autonomia sobre o próprio corpo dos pequenos, sempre respeitando os limites de cada um. Paciência é essencial, assim como entender que cada criança é única e pode reagir a esse momento de forma diferente. E lembrar que cada dia é uma nova oportunidade para recomeçar.” – ressalta Cinthia 

Apesar dos desafios, Cinthia compartilha uma mensagem de esperança e resiliência. Ela enfatiza a importância de tratar o diabetes com naturalidade, incentivar a autonomia dos filhos e buscar sempre apoio e educação sobre a condição. A vida de Arthur, embora exija cuidados a mais com a saúde, é rica e cheia de alegrias, mostrando que é possível viver bem e com felicidade mesmo com diabetes tipo 1. Ela também lembra que mudanças no comportamento das crianças podem ser reflexo das variações nos níveis de glicose, e não apenas birra.

A história de Arthur é um testemunho poderoso de como amor, adaptação e apoio podem transformar desafios em oportunidades para uma vida plena e gratificante.

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