O tratamento do diabetes tipo 2 está avançando com a combinação de tecnologia e medicamentos, como revelam estudos apresentados na Conferência ATTD 2024, que aconteceu no início de março em Florença, na Itália. Com o crescente uso de monitores contínuos de glicose (CGM) e de remédios como Victoza, Saxenda, Ozempic e Moujaro, que pertecem a classe chamada de “agonistas do receptor GLP-1” (medicamento para o diabetes tipo 2) os estudos têm mostrado uma melhora significativa no tratamento do controle glicêmico e na redução da Hemoglobina Glicada, que é um indicador médio da glicose nos últimos meses.
Em um dos estudos, apresentado na conferência quase 1.800 adultos nos EUA com diabetes tipo 2 foram acompanhados. Após iniciar o uso do CGM FreeStyle Libre além de um GLP-1, a Hemoglobina Glicada caiu em média 1,5%, de 9,8% para 8,3% em seis semanas. Essa redução foi consistente, independentemente do tempo de uso do GLP-1, do tipo de medicamento GLP-1 e do tipo de terapia com insulina. Os resultados mostram que a combinação dessas tecnologias proporciona uma redução mais significativa na Hemoglobina Glicada, especialmente entre aqueles que não estão em terapia com insulina. Isso sugere um avanço promissor no tratamento do diabetes tipo 2.
No entanto, é importante observar que a pesquisa teve uma amostra predominantemente branca, não representando totalmente a diversidade da população com diabetes tipo 2 nos Estados Unidos. Novas pesquisas devem incluir participantes mais diversos para compreender melhor como essa combinação de medicamentos e CGM funciona em todas as populações.
Para muitos na área da saúde, esses achados não são surpreendentes. O monitoramento contínuo da glicose é conhecido por facilitar mudanças comportamentais, especialmente alimentares, ao revelar tendências nos níveis de glicose para diferentes alimentos e hábitos alimentares. Da mesma forma, os GLP-1s são conhecidos por apoiar uma alimentação saudável, pois aumentam a sensação de saciedade e reduzem os sinais de fome.
Embora o acesso à tecnologia para diabetes e a medicamentos mais recentes como os GLP-1s ainda seja um desafio devido aos altos custos e à escassez desses medicamentos, dados de estudos como esses podem desempenhar um papel importante em encorajar mais empresas de seguros a cobrir esses tratamentos para pessoas com diabetes tipo 2.
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