Mini bomba de insulina começa a ser vendida no Brasil

Tratamento

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

Começou a ser vendida no Brasil a mini bomba de insulina que fica totalmente aderida à pele e não tem fios. É a Accu-Check Solo, fabricada pela Roche, que pode ser encomendada exclusivamente no site da farmacêutica.

Adilson e a filha Aline, que tem diabetes tipo 1: praticidade no uso

É um tipo de pré-venda, onde quem compra recebe depois do dia 15 de novembro. Além disso, para conseguir efetuar a compra é preciso ter o CRM de um médico cadastrado no banco de dados do programa. “Compre o Accu-Chek Solo com 6 meses de insumos junto com um pacote de serviços médicos. Você pode escolher a clínica com a qual deseja fazer a consulta e receber um tratamento completo”, diz o site.

O lançamento da novidade aconteceu em São Paulo. Adilson Oliveira, pai da Aline, que tem diabetes tipo 1, deu um depoimento sobre o uso da nova bomba de insulina: “De todas as vantagens a praticidade foi a que mais chamou atenção na nossa casa”. A mini bomba mede 6,1 cm de comprimento por 3,8 cm de largura e 1,3 cm de espessura. “É imprescindível contar com novas tecnologias para o tratamento do diabetes aqui no Brasil, com foco na liberdade e qualidade de vida dos pacientes. A terapia com bomba de insulina é uma opção importante para pessoas com diabetes que precisam repor este hormônio todos os dias, possibilitando um controle glicêmico com alta precisão”, explica o endocrinologista Marcio Krakauer.

Como funciona a mini bomba

O dispositivo que também é comercializado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos fica totalmente aderido a pele, como se fosse um adesivo e tem uma cânula subcutânea, por onde a insulina é aplicada de forma contínua e personalizada.

Demonstração do funcionamento da mini bomba

Segundo o site da Roche a microbomba funciona de duas forma: automaticamente, com uma calculadora do gestor de diabetes ou manualmente com o uso dos botões de aplicação rápida. As pessoas com diabetes podem colocar e tirar o aparelho sem desperdício de componente ou de insulina. A mini bomba é reutilizável durante seis meses e tem dois tamanhos de cânula disponíveis: 9 mm e 6 mm. O reservatório de insulina é transparente para visualização do nível e também para deteção de bolhas de ar. O controle remoto funciona por sinal bluetooth.

A empresa informa que na primeira compra pelo site o cliente irá receber em casa: uma mini bomba Accu-Chek Solo, um controle Accu-Chek Solo, um aplicador Accu-Chek Solo, carregador, cabo USB e estojo. Além de oito caixas de cartuchos Accu-Chek Solo, seis caixas de cânulas (6mm e/ou 9mm) duas caixas de Tiras Accu-Chek Guide 50.

“Estamos animados com este lançamento de uma tecnologia que já se mostrou eficaz e confortável para o tratamento da pessoa com diabetes”, afirma Mariel Ortiz, Gerente de Marketing da Roche Diabetes Care.

Desafios visíveis e invisíveis

Durante o evento também ocorreu um painel sobre o impacto que as emoções têm no tratamento do diabetes. O debate “Desafios visíveis e invisíveis do diabetes” contou com a participação do médico Fabiano Moulin, especialista em Neurologia Cognitiva e do Comportamento e do jornalista Tom Bueno, fundador da plataforma Um Diabético, que convive com diabetes tipo 1.

O neurologista abordou os aspectos emocionais que influenciam o tratamento da doença. “A saída para quem está com essa dificuldade é assumir o controle do diabetes. Assim dá pra viver com mais qualidade de vida”, apontou ele.

Painel abordou a saúde mental das pessoas com diabetes

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