Maurílio Goeldner
Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br
A importância de evitar o atendimento tardio a pacientes com pé diabético é um dos temas tratados no 24º Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, em Belo Horizonte. A endocrinologista Hermelinda Pedrosa abordou a questão apresentando uma iniciativa que poderia agilizar o atendimento a pacientes com essa condição: ela defende uma “Via rápida” no tratamento.
Durante sua apresentação, a endocrinologista compartilhou uma lição aprendida com a experiência da Itália durante a pandemia de COVID-19. “Nós estamos batalhando para começar a implementar essa via rápida no Brasil a partir da atenção primária com conexão para os níveis secundários. Os hospitais de referência terão um papel relevante nesse processo, e acreditamos que, ao mostrar como cuidar de uma úlcera, podemos evitar repetir a triste realidade observada na Europa, onde sessenta por cento dos casos tinham encaminhamento tardio”, relatou a médica.
Essa “via rápida” se concentra em agilizar o encaminhamento e tratamento de pacientes com pé diabético, garantindo que as úlceras sejam atendidas prontamente, independentemente de sua complexidade. Hermelinda Pedrosa ressaltou que ao fazer isso, é possível evitar amputações entre as pessoas com diabetes, reduzindo o sofrimento e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.
O que é o pé diabético?
Trata-se de uma complicação do diabetes em que a alta taxa de glicose no sangue ao longo do tempo danifica os nervos e vasos sanguíneos nos pés. Isso pode levar a feridas, úlceras e infecções que, se não forem tratadas adequadamente e prontamente, podem evoluir para complicações graves, incluindo amputações.