Isabella Pedreira, da Redação Um Diabético
No sul de Minas Gerais, na encantadora cidade de São Lourenço, uma história de luta, dedicação e superação está mudando a vida de crianças e adolescentes que convivem com diabetes. A série “Todos Pelo Diabetes”, está rodando cidades do país para mostrar a importância do acesso ao sensor de glicose no tratamento da doença crônica. Nesse episódio, Tom Bueno conta a emocionante jornada de uma família que, após enfrentar desafios pessoais com a doença, se uniu a outros pais e mães para conquistar benefícios essenciais para a qualidade de vida dos seus filhos.
A história tem início com Lavínia Guimarães, uma adolescente de 12 anos talentosa e apaixonada pelo violão. O diabetes, contudo, se tornou uma parte desafiadora de sua rotina desde o diagnóstico. Além de lidar com as questões emocionais, enfrentou o desafio de ser tratada de forma diferente. “Nas festinhas, por exemplo, ninguém queria me dar comida e eu ficava triste. Às vezes até escondia que tinha diabetes para ter um pouco mais de liberdade”, conta a adolescente.
Apesar do diagnóstico precoce Lavínia não é a primeira pessoa com diabetes da família. A história começou ainda antes, com o pai, Wellington Guimarães, que também convive com DM 1. Quando a filha recebeu o diagnóstico, há dois anos, ele reviveu todas as dificuldades enfrentadas: “me abriu o chão. Nessa fase eu já estava aceitando melhor o meu diabetes aí veio o diagnóstico dela, eu falei Meu Deus! Vou começar tudo de novo. Ela vai sofrer tudo que eu sofri até hoje…Eu me emociono de lembrar”.
Determinado a proporcionar uma vida melhor para Lavínia e outras crianças que vivem com diabetes na região, Wellington iniciou uma mobilização na comunidade. Reuniu outros pais e mães de São Lourenço e juntos pleitearam melhorias e benefícios para o tratamento do diabetes na rede pública de saúde.
Uma das principais conquistas dessa mobilização foi a oferta do sensor de glicose, de forma gratuita na rede pública de saúde. O dispositivo representa um grande avanço no controle da doença, dando maior autonomia e qualidade de vida aos pacientes. Através do monitoramento contínuo, é possível evitar complicações e melhorar o tratamento, reduzindo internações e hipoglicemias.
A eficácia do sensor de glicose livre tem sido comprovada pelos resultados obtidos por Lavínia e outras crianças beneficiadas. As taxas de tempo dentro da faixa alvo melhoraram significativamente, proporcionando uma vida mais estável e saudável para essas jovens vidas.
Além do fornecimento gratuito do sensor de glicose, o programa da Secretaria Municipal de Saúde de São Lourenço (MG) também oferece acompanhamento por equipe multidisciplinar, composta por médico endocrinologista, profissionais de enfermagem, nutricionista e psicóloga. A abordagem integrada considera a saúde mental como um fator essencial no tratamento e controle do diabetes, uma vez que o bem-estar emocional influencia diretamente nos níveis glicêmicos.
Com o apoio dessa equipe dedicada, as crianças e adolescentes são treinados para realizar o autocontrole, ou seja, aprender a contar carboidratos e adotar hábitos alimentares adequados, possibilitando uma vida mais independente e saudável.
Os resultados positivos e a evolução dos pacientes, como Lavínia, têm emocionado e inspirado a todos os envolvidos nessa batalha pela saúde e qualidade de vida. A mobilização dos pais mostrou que quando a comunidade se une em prol de uma causa, é possível alcançar mudanças significativas.
Essa história de luta, superação e solidariedade em São Lourenço é um exemplo de como a união e o comprometimento podem trazer benefícios concretos e transformadores para a vida das pessoas que convivem com condições crônicas, como o diabetes. A iniciativa destaca-se como um verdadeiro exemplo a ser seguido por outras comunidades, reforçando a importância do acesso ao tratamento adequado e da promoção da qualidade de vida para todos.
Confira o episódio completo!
Tenho diabetes tipo 1 há 40 anos.
A minha diabetes iniciou quando eu tinha 20 anos. Hoje estou com 60. Participei através do meu endocrinologista, Dr. Jorge Luis Gross infelizmente já falecido, do desenvolvimento da insulina humana. Meu endocrinologista atual, professor universitário, Dr. Camargo apresentou-me o sensor da Free style. Atualmente devido à minha idade, meu nível glicêmico está muito instável. Porém não consigo adquiri-lo devido ao custo do sensor e eu estar aposentado por invalidez.
Este programa de distribuição de sensores está sendo desenvolvido somente em Ibirigüi? Minha pergunta é porque eu moro em São Leopoldo RS. Existe algo sendo desenvolvido na minha cidade?
Meço minha glicose desde a época em que se coletava uma gota de sangue do dedo, depois de alguns segundos a fita era limpa e comparada com uma escala de cores no corpo do tubo de armazenamento das fitas. Era muito impreciso. O primeiro valor era 20, o segundo 80, o terceiro se eu lembro, era150. Hoje o monitor apresenta valores unitários porém tenho retirar amostra de sangue da ponta do dedo. Mais de 4x por dia.
Grato pela atenção.
Abraço e sucesso na sua evolução.
Poderíamos até trocar experiências para auxiliar outros pacientes com diabetes tipo 1.