Como fui convidado para a cobertura jornalística na Suécia?

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Você já deve ter escutado a frase: “A gente tem que sair da nossa bolha para entender, de fato, o problema”. Bom, ela faz muito sentido! E como o problema aqui é o diabetes, eu vou contar como foi a minha experiência conhecendo outras experiências sobre o tema. Fora do Brasil, fora da minha bolha.

EASD é o segundo maior congresso sobre diabetes do mundo

CONTINENTE ANTIGO

Esse ano eu tive a oportunidade de ir ao EASD (European Association for the Study of Diebetes), que é o congresso europeu sobre diabetes, sediado em Estocolmo, na Suécia. Eu fui fazer a cobertura jornalística do evento, que é o segundo maior congresso do mundo sobre a doença. Lá estavam vários especialistas que falaram sobre estudos atualizados, foram apresentadas novas tecnologias e possibilidades de tratamentos. Que privilégio!

NOVA PERSPECTIVA

Para começar, quando a gente conhece outros ares, a gente amplia nossa visão, de forma que questionamos mais até mesmo o temos ou não temos “em casa”. Ao conhecer a realidade do tratamento do diabetes em outros países, eu percebi que alguns problemas, diferente do que eu imaginava antes, não são exclusivos do Brasil.

Se você tem diabetes tipo 1, 2, gestacional, lada ou mody… não importa. Alguns problemas que existem aqui, também existem lá fora. Então, não dá para dimensionar se o que temos aqui é melhor ou pior que no outro continente.

Encontrei vários especialistas e conheci novidades de tratamento

O QUE MUDA?

Aqui no Brasil, não é novidade, o acesso ao tratamento ideal ainda é nosso maior problema. Não temos os melhores produtos e tecnologias disponíveis para todos, nem todo diabético tem condições de bancar o melhor tratamento.

Nos países de primeiro mundo, por exemplo, isso é muito simples. As pessoas com diabetes tem condições de ter o que há de melhor, sem pegar filas quilométricas ou esperar dias por uma resposta. Lá, com certeza, a burocracia para o acesso aos medicamentos é menor.

TEMOS O NECESSÁRIO

Ok, podemos não ter as tecnologias mais avançadas ou todas as novidades do mercado facilmente disponíveis por aqui. Mas, nós temos o básico, o que é de fácil manejo e eficiente. E melhor: de graça, pelo Sistema Único de Saúde.

Isso é uma vantagem e eu explico por quê. Imagina só, se os sensores de glicose fossem distribuídos sem critério, e muitas pessoas, sem saber exatamente como usá-lo, fazerem o rastreamento uma vez ao dia? É desperdício, dinheiro público jogado fora e não vai ajudar a tratar o diabetes.

Me senti privilegiado em ter acesso a tanto conhecimento!

E O ACESSO AO ESPECIALISTA?

O congresso europeu de diabetes estava cheio de endocrinologistas, referência no tema. Mas, no dia a dia, em cidades do mundo todo, esses profissionais não são tão fáceis de encontrar. E pelo que percebi, é um problema do Brasil, mas também de outros países.

Mesmo em países de primeiro mundo, que tem disponíveis os melhores medicamentos e tecnologias facilmente, se consultar com um especialista pode ser um processo demorado e burocrático. Alguns pacientes esperam dois, três anos para ser examinado por um médico especialista. Ai vem a questão: às vezes ter as melhores ferramentas, sem a orientação e o acompanhamento de quem sabe, pode não ser tão vantajoso assim, ne? É como dar uma Ferrari na mão de quem não sabe dirigir!

Falando em especialistas e orientações, vou te lembrar do meu primeiro encontro presencial, no dia 27 de novembro, em São Paulo. Uma manhã de muita informação útil e acessível para quem tem diabetes. Não esqueça de se inscrever no Diabetes de A a Z!

Até lá, conta aqui o que achou das minhas reflexões sobre o congresso europeu de diabetes. Qual a sua visão do tratamento disponível aqui no Brasil? O que tem que melhorar e o que você acha que pode ser usado como exemplo?

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