Mancha na pele pode ser sinal de diabetes: saiba como identificar e tratar

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Existem sinais no corpo que muitas vezes passam despercebidos, mas que podem ser importantes alertas de saúde. Entre eles, uma mancha escura e áspera, geralmente localizada nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelos ou joelhos, pode indicar tanto a presença de diabetes quanto de um câncer. Em entrevista ao canal Um Diabético, o dermatologista Dr. Felipe Ribeiro explicou como identificar essa condição e a importância de procurar um especialista.

A mancha que pode ser mais que um sinal de diabetes

Chamada de acantose nigricante, essa mancha é frequentemente associada ao diabetes tipo 2, especialmente em pessoas com sobrepeso ou obesidade. “É uma mancha escura, áspera, com pequenas bolinhas na superfície, que aparece nas regiões de dobra do corpo”, explicou Dr. Felipe. No entanto, ele alerta que, em alguns casos, essa mesma característica pode ser um indicativo de câncer de estômago.

A diferença está na história clínica do paciente. No diabetes, a mancha aparece de forma progressiva, ficando mais escura e áspera ao longo do tempo. Já no caso do câncer, a mancha pode surgir repentinamente, muitas vezes acompanhada de outros sinais, como emagrecimento rápido e coceira”, detalhou.

Quando procurar ajuda médica?

Reconhecer os sinais de alerta é fundamental. Segundo Dr. Felipe, no caso do câncer, a mancha pode ser a primeira manifestação da doença em 20% dos pacientes.

“Se uma pessoa perceber que a mancha surgiu de repente, principalmente sem histórico anterior, é importante buscar um dermatologista imediatamente. Essa avaliação precoce pode ser um divisor de águas no diagnóstico e no tratamento.”

Para os pacientes com diabetes, mesmo que a mancha já seja conhecida, é importante manter um acompanhamento médico regular. Isso porque a presença de acantose nigricante não exclui a possibilidade de um diagnóstico associado, como o câncer.

Tratamento: o que pode ser feito?

O tratamento da acantose nigricante depende da sua causa. Quando associada ao diabetes, a mancha tende a permanecer, mesmo com o controle da glicemia. Já nos casos relacionados ao câncer, ela pode desaparecer após o tratamento da doença.

No diabetes, infelizmente, não temos um tratamento específico para a mancha. Ela pode melhorar um pouco com a perda de peso e o controle metabólico, mas tende a persistir. Por outro lado, no câncer, o tratamento da doença pode resolver completamente a condição da pele”, esclareceu Dr. Felipe.

Cuidado com a pele é essencial

A pele é o maior órgão do corpo e, muitas vezes, reflete o estado geral da saúde. Para Dr. Felipe, qualquer alteração significativa na pele deve ser avaliada por um especialista. “O diabético também pode desenvolver câncer, então é fundamental estar atento a mudanças, mesmo que pareçam pequenas. Procurar um dermatologista pode salvar vidas”, destacou.

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