Nesta segunda-feira (13/01), Bia Lula, neta do presidente Lula e mãe de uma criança com diabetes tipo 1, usou suas redes sociais para esclarecer seu posicionamento diante das críticas recebidas após o veto presidencial ao Projeto de Lei 2687/2022. O texto previa o fornecimento de tecnologias de monitoramento contínuo de glicemia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e era aguardado por muitas famílias e associações ligadas à causa do diabetes.
Em seu post, Bia Lula reforçou que separa sua relação familiar com o avô de suas demandas enquanto cidadã. Ela explicou que o veto foi baseado em análises técnicas realizadas por ministérios consultados pelo governo e não fruto de decisões emocionais.
“Eu não trato o país com o meu avô. O país quem trata é o presidente, e eu separo essas duas personas muito bem”, afirmou.
Ela destacou que a decisão não deve ser interpretada como uma negação definitiva da proposta, mas como parte de um processo que requer mais diálogo e estudos para demonstrar a viabilidade da implementação da medida.
“As coisas precisam acontecer com mais diálogo, mais conversas, mais tempo para que possamos demonstrar a toda a equipe ministerial o porquê da importância da lei, com dados e estudos para embasar a decisão.”
Resposta às críticas e ataques pessoais
Maria Beatriz também aproveitou o post para responder a ataques pessoais e falsas acusações que circulam em suas redes sociais. Entre elas, estão insinuações de que ela utilizaria recursos públicos para custear o tratamento de sua filha, Analua, diagnosticada com diabetes tipo 1.
“Todo e qualquer comentário que chegar até a minha página com mentiras e calúnias, como, por exemplo, que eu uso o dinheiro público para o tratamento da Analua, serão encaminhados para minha advogada, e resolveremos da forma correta”, escreveu.
Apesar da tristeza com o veto, Maria afirmou que a luta não deve parar. “A única certeza que tenho é de que essa luta não pode parar. Vamos continuar acreditando que as coisas podem e vão melhorar.”
Impacto do veto e reações da comunidade diabética
O PL 2687/2022 visava facilitar o acesso a sensores de glicemia contínua, uma tecnologia que pode transformar o controle do diabetes e prevenir complicações graves. O veto, no entanto, gerou frustração entre famílias e associações, que viam na proposta um avanço significativo para a saúde pública.
Segundo o governo, a decisão foi baseada em análises que apontaram a necessidade de mais estudos e um maior diálogo sobre a viabilidade financeira e operacional da medida no SUS.
Próximos passos na luta pela causa
Representantes da comunidade diabética e entidades ligadas ao tema já anunciaram que continuarão mobilizados para buscar avanços legislativos e novos diálogos com o governo federal.
Bia Lula finalizou seu post com uma mensagem de união e esperança: “Juntos, com diálogo, argumentos técnicos e persistência, vamos continuar buscando o melhor para todas as pessoas que convivem com diabetes.”
A repercussão do caso destaca a importância de políticas públicas que ampliem o acesso a tecnologias para o manejo do diabetes, uma condição que afeta milhões de brasileiros e exige atenção constante das autoridades.
Agora, cabe ao Congresso derrubar ou manter o veto presidencial sobre o projeto de lei.
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