Diagnóstico de diabetes

Cerca de 10% da população com diabetes no Brasil está sem acompanhamento, revela estudo

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Uma pesquisa divulgada pelo “Vozes do Advocacy” mostra que as barreiras e desafios para as pessoas que convivem com a diabetes já impactam no tratamento pleno no Brasil. Entre diversos índices, o que mais mostra a dificuldade dos brasileiros com diabetes são os prazos de marcação de consultas, a distância entre o local de atendimento e a residência, além da facilidade de conseguir medicamentos.

Acompanhamento

O estudo mostra ainda que os pacientes se sentem mais satisfeitos com a atenção dos médicos e profissionais no atendimento. Por outro lado, afirmam que o tempo de espera para agendar consultas e exames é uma barreira para quem faz o tratamento. 68% dizem que fazem o acompanhamento semestral e 10% não costumam marcar consultas. O dado que mais chama atenção é que cerca de 2 milhões de pessoas não fazem nenhum tipo de acompanhamento.

Outra visão que a pesquisa mostrou é a opinião sobre o que é mais importante no acompanhamento.

Confira os resultados:

Foto: Reprodução/Pesquisa Radar da Diabetes no Brasil – Vozes do Advocacy

Análise da pesquisa

A coordenadora do projeto “Vozes do Advocacy”, Vanessa Pirolo, comentou sobre os resultados e a realidade pelo Brasil.

“Nós percebemos que existem muitos problemas sérios de falta de acesso ao tratamento adequado no Brasil […] Nós percebemos que as filas de acesso ao oftalmologista, principalmente no estado de São Paulo estão imensas, tem vários vários departamentos regionais de saúde no estado de São Paulo que estão com uma fila de 300 dias para conseguir acesso ao oftalmologista. Daí, a gente resolveu fazer essa pesquisa com esse intuito.”

Acessos

58% dos entrevistados dizem fazer o acompanhamento com médicos de família, mas não tratam com endocrinologista, que tem especialização. Em decorrência da dificuldade de acesso ao tratamento e de um acompanhamento especializado, 12% alegam ter a retinopatia diabética, 32% têm neuropatia diabética, 25% doenças cardiovasculares, 23% doenças sexuais, 10% nefropatia diabética e outros 10% possuem feridas nos pés.

Tipo mais comum

O Diabetes tipo 2, segundo a pesquisa, é o mais comum, declarado por 75% dos entrevistados. O Diabetes tipo 1 é reportado por 9%.

A Pesquisa Radar da Diabetes no Brasil entrevistou 1.843 pessoas adultas com diagnóstico de diabetes de 1º de julho a 22 de agosto de 2024.

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