A Síndrome das Pernas Inquietas é uma condição neurológica que, apesar de pouco discutida, afeta significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Caracterizada por uma sensação desconfortável nas pernas que só é aliviada com movimento, essa síndrome geralmente se manifesta à noite ou durante períodos de repouso, impactando diretamente o sono e o bem-estar diário.
Em pessoas com diabetes, essa condição pode se tornar ainda mais prevalente e difícil de controlar, tornando a conscientização e o tratamento adequados ainda mais cruciais.
O que é a Síndrome das Pernas Inquietas?
Imagine se deitar para descansar após um longo dia e, de repente, sentir uma necessidade incontrolável de mover as pernas para aliviar uma sensação de formigamento, coceira ou dor profunda. Esse é o cenário típico enfrentado por quem sofre com as pernas inquietas.
Além do desconforto, essa síndrome interfere no sono, pois a necessidade de se movimentar impede que a pessoa adormeça facilmente ou a faz despertar várias vezes durante a noite. O resultado? Sonolência diurna, cansaço constante e até dificuldades em realizar tarefas simples do dia a dia.
Embora ela possa afetar pessoas de todas as idades, é mais comum após os 45 anos, especialmente em mulheres. Ficar sentado por longos períodos, como em viagens de carro ou avião, também pode se tornar um desafio. Em muitos casos, movimentar-se, caminhar ou massagear as pernas oferece apenas um alívio temporário.
A relação com o diabetes
Para aqueles que convivem com diabetes, a síndrome das pernas inquietas pode ser um companheiro indesejado e frequente. A relação entre essas duas condições, embora complexa, é evidente. O diabetes, conhecido por seus efeitos devastadores nos nervos e vasos sanguíneos, pode agravar os sintomas tornando o controle da síndrome mais difícil.
O diabetes provoca desequilíbrios químicos no corpo, especialmente em relação à glicose, o que pode afetar a função nervosa. Esse impacto nos nervos é um dos fatores que podem desencadear ou intensificar os sintomas da síndrome. Além disso, a inflamação crônica, uma condição comum entre pacientes que convivem com a doença, pode piorar ainda mais o quadro, tornando as sensações desconfortáveis nas pernas mais intensas e frequentes.
Controle da glicose
O controle inadequado dos níveis de glicose pode aumentar os sintomas das pernas inquietas, criando um ciclo vicioso difícil de romper. Além disso, alguns medicamentos que os tratam podem não ser adequados para indivíduos com outras complicações associadas ao diabetes, como insuficiência renal.
Tratamento em pessoas com diabetes
O tratamento das pernas inquietas em pessoas com diabetes exige uma abordagem multifacetada. O primeiro passo é o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue. Manter a glicemia sob controle não só ajuda a prevenir complicações neurológicas, como também pode aliviar os sintomas da síndrome.
Além dos medicamentos, ajustes no estilo de vida podem fazer uma grande diferença. Uma dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais é fundamental, não apenas para o controle da glicose, mas também para fornecer os nutrientes necessários para a saúde neurológica. A prática regular de exercícios físicos é outra recomendação importante.
Estabelecer uma rotina regular de sono, evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir e criar um ambiente propício ao descanso podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos episódios de das pernas inquietas.
Para as pessoas com diabetes, a Síndrome das Pernas Inquietas é mais do que um simples incômodo noturno; é uma condição que pode impactar profundamente a qualidade de vida. A chave para lidar com essa condição está no conhecimento e na proatividade.
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