glicose alta ou hiperglicemia

O que é glicose alta ou hiperglicemia?

Tratamento

A hiperglicemia, ou glicose alta no sangue, é um dos principais desafios enfrentados por pessoas com diabetes. Apesar de ser um termo técnico, é importante entender o que ele significa e como ele impacta a saúde a longo prazo. O Dr. Eduardo Calliari, endocrinologista, explica que a hiperglicemia é, basicamente, a condição que define o diabetes, sendo essencial estar atento aos níveis de glicose para evitar complicações graves.

O que é a glicose alta ou hiperglicemia?

Quando falamos de diabetes, é impossível não associar a glicose alta, pois é o principal indicador da doença. Segundo o Dr. Calliari, o diagnóstico de diabetes é feito com base nos valores de glicose no sangue.

Para quem continua na fase de pré-diabetes, a glicemia de jejum acima de 125 mg/dL ou uma glicose pós-refeição acima de 200 mg/dL já são sinais de alerta. Já para quem já foi diagnosticado, manter os níveis de glicose num intervalo saudável é fundamental para evitar problemas futuros.

Monitoramento da glicose

Identificar a hiperglicemia nem sempre é simples, especialmente porque os sintomas podem ser sutis ou até inexistentes, principalmente em pessoas com diabetes tipo 2. Para o Dr. Calliari, a automonitorização é uma ferramenta indispensável para quem tem diabetes. Isso pode ser feito de duas formas principais: o glicosímetro, que exige uma pequena amostra de sangue da ponta do dedo, e os sensores de glicose, que medem continuamente os níveis no corpo.

Carboidratos e como afetam a glicose

Muitas pessoas associam a glicose alta ao consumo de doces, mas qualquer alimento que contenha carboidratos pode elevar os níveis de glicose. Pães, arroz, batatas e outras fontes de carboidratos complexos são quebrados no organismo e convertidos em glicose. Por isso, o controle da glicemia passa por uma gestão cuidadosa da dieta, que deve ser orientada por profissionais de saúde.

Sintomas e riscos da glicose alta

Os sintomas de hiperglicemia podem variar entre diabetes tipo 1 e tipo 2. No tipo 1, os sinais como urinar frequentemente e sentir muita sede são mais evidentes, pois a falta de insulina é mais pronunciada.

Já no tipo 2, a glicose alta pode não causar sintomas imediatos, o que é perigoso, pois a condição pode passar despercebida por anos.

Dr. Calliari alerta que, a longo prazo, a hiperglicemia pode causar danos aos vasos sanguíneos, afetando os olhos, rins e nervos, o que pode levar a complicações graves como retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética.

A importância do diagnóstico precoce

Muitas pessoas vivem com diabetes tipo 2 sem sequer saber, o que torna o diagnóstico precoce essencial. De acordo com Dr. Calliari, mais de 40% dos brasileiros com diabetes tipo 2 desconhecem sua condição. Fatores de risco como obesidade, sedentarismo e histórico familiar devem ser considerados para exames de rastreamento, especialmente em pessoas acima dos 40 anos.

Vivendo com diabetes

Conviver com diabetes é um desafio contínuo, e o Dr. Calliari destaca a importância de aceitar a condição para gerenciá-la eficazmente. Embora o medo das complicações seja comum, ele ressalta que esse sentimento pode ser positivo se servir como um incentivo para a adoção de hábitos saudáveis.

Controlar a glicemia, manter uma dieta balanceada e seguir as orientações médicas são passos cruciais para evitar os temidos efeitos da hiperglicemia a longo prazo.

Se manter informado e realizar exames regulares são atitudes que podem fazer a diferença na vida de quem tem diabetes. Com as devidas precauções, é possível viver de forma plena e saudável, minimizando os riscos e aumentando a qualidade de vida.

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