Emerson Bisan, de 50 anos, é um exemplo vivo de que o diabetes não é um obstáculo para quem tem determinação e paixão pelo esporte. Professor de educação física e ultramaratonista, Emerson está prestes a completar 30 anos convivendo com diabetes. Sua trajetória impressionante inclui 109 maratonas e 85 ultramaratonas, sendo a mais recente realizada no último fim de semana no Rio de Janeiro.
Quando questionado sobre o impacto do diabetes em suas corridas, Emerson é enfático: “A corrida foi meu grande aliado no controle da diabetes. O esporte regular é fundamental para mim, e o treinamento para maratonas inclui treinos longos que faço uma vez por semana, variando entre 30 e 40 quilômetros”.
DIABETES E A CORRIDA
No último sábado, Emerson completou uma prova desafiadora na Serra do Itatiaia, atingindo o nono ponto mais alto do Brasil. Foram 64 quilômetros percorridos em 13 horas e 18 minutos, com um ganho de altimetria de 2.690 metros.
Este feito foi ainda mais significativo porque, no ano anterior, ele não conseguiu concluir a mesma prova devido a problemas na preparação. Portanto, “este ano, eu paguei a dívida do ano passado”, disse Emerson com orgulho.
Durante a prova, Emerson enfrentou um desafio adicional: a perda do sensor de glicose no primeiro checkpoint, após cerca de cinco horas de corrida. “Arranquei meu sensor de glicemia ao tirar a roupa de segunda pele. Sem o sensor, precisei confiar na minha experiência de 30 anos e na sensibilidade para controlar a glicemia. Usei 16 sachês de carboidrato em gel, quatro bananinhas com açúcar, castanha de caju com sal, quatro copos de refrigerante e bebi sete litros de água”.
Apesar das dificuldades, Emerson concluiu a prova com sucesso e com a glicemia controlada. “Cheguei com a glicemia em 120. Era mais uma questão de falta de sal do que de glicose. Após jantar, me senti bem”.
AS DIFICULDADES COM DIABETES
Refletindo sobre sua jornada, Emerson destaca a importância do esporte em sua vida. “No momento do diagnóstico, não imaginava que alcançaria essas metas. Mas após minha primeira maratona, percebi que era capaz de realizar qualquer coisa. Essa é a grande lição do esporte e do controle do diabetes: a resiliência e a capacidade de superação”.
Para quem convive com diabetes, Emerson deixa uma mensagem de inspiração. “O esporte é como nosso gráfico de glicemia: um dia você ganha, outro perde, mas nunca deve desistir. Além disso, o importante é continuar lutando, treinando e praticando todos os dias”.
Claro! Aqui está a frase com outra palavra de transição:
“O próximo desafio de Emerson já está marcado: a Ultramaratona dos Anjos, com 235 quilômetros, que será realizada em julho. Por isso, “Serão 48 horas para concluir a prova. Estou preparado e ansioso para mais essa jornada”, concluiu o ultramaratonista.”
Participe da COMUNIDADE e receba as principais notícias na palma da sua mão.
Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.