Um estudo apresentado na maior conferência mundial sobre câncer revelou um resultado promissor usando medicamento para perda de peso.
Pacientes que usaram o fârmaco para tratamento da obesidade, como o Wegovy, tinham 19% menos probabilidade de desenvolver 13 tipos de câncer relacionados à obesidade, incluindo o de ovário, fígado, colorretal, pâncreas, intestino e mama.
A pesquisa, que envolveu 34 mil pessoas e foi liderada pela Universidade Case Western Reserve, em Ohio, também descobriu que os pacientes tinham metade da probabilidade de morrer ao longo de 15 anos em comparação com aqueles que não tomaram as vacinas, conhecidas como agonistas do receptor GLP-1 (AR).
Além disso, outro estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), indicou que os medicamentos para perda de peso poderiam reduzir o risco em pacientes com câncer de mama, aumentando aschances de sobrevivência a longo prazo.
Câncer: olhar dos especialistas
Em seguida, pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, sugeriram que esses medicamentos poderiam ser uma “nova ferramenta” na luta contra a doença.
Um terceiro estudo, liderado pela Universidade de Yale, corroborou essas descobertas ao mostrar que o uso de medicamentos para perda de peso diminui as chances de retorno da doença em pacientes com câncer de mama.
O Dr. Mitchell Lazar, diretor do Instituto de Diabetes, Obesidade e Metabolismo da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, enfatizou que as terapias baseadas em GLP-1 são altamente eficazes na produção de perda de peso, visto que melhora significativamente os resultados contra o câncer.
Contudo, ela destacou que a obesidade é um fator de risco para quase todos os tipos de câncer, tanto em homens quanto em mulheres, e que a revolução no tratamento da obesidade tem um enorme potencial para prevenir novos casos de câncer, reduzir a gravidade e a taxa de crescimento dos tumores existentes e complementar novas terapias específicas.
A Dra. Julie Gralow, diretora médica da ASCO, afirmou que ainda não está claro se os benefícios dos medicamentos para obesidade na redução do risco de câncer são apenas devido à perda de peso ou se há outros fatores desconhecidos envolvidos.
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