Nesta semana, o peeling de fenol, utilizado para tratar rugas, linhas de expressão e manchas na pele virou assunto em todo país depois que um empresário de 27 anos, morreu após realizar este procedimento estético em uma clínica em São Paulo.
Mas afinal, quem convive com uma doença crônica como o diabetes, possui alguma contraindicação para realizar este procedimento? É necessário um controle maior da glicose ou realizar algum exame específico?
Em entrevista ao portal Um Diabético, o dermatologista Felipe Ribeiro esclarece os riscos e traz orientações para quem tem diabetes e deseja realizar esse procedimento.
PEELING DE FENOL EM PESSOAS COM DIABETES
Riscos controlados com glicemia em dia
O principal risco do peeling de fenol para pessoas que convivem com diabetes, segundo o Dr. Ribeiro, está relacionado ao controle da glicemia. Visto que a glicemia esteja bem controlada, não há um risco maior em comparação com pacientes sem diabetes. Portanto, problema surge quando a glicemia não está controlada cronicamente, pois isso compromete o sistema imunológico e os vasos, dificultando a cicatrização e aumentando o risco de infecções.
Critérios de avaliação para o peeling de fenol
Contudo, a diabetes em si não é uma contraindicação absoluta para o peeling de fenol, de acordo com o Dr. Ribeiro. O dermatologista avalia diversos fatores para determinar se o procedimento é adequado, como o uso de medicações e doenças do coração, fígado e rins. O profissional irá orientar sobre os cuidados pré e pós-procedimento, como a necessidade de manter a glicemia sob controle rigoroso e monitorar a cicatrização.
O dermatologista enfatiza a importância de uma avaliação pré-procedimento minuciosa. “O paciente precisa ser exaustivamente examinado,” afirma. Eletrocardiograma, exames de sangue e urina são essenciais para garantir a saúde dos órgãos vitais, como coração, rins e fígado, por onde o fenol será metabolizado e eliminado.
Entretanto, é importante ressaltar que o peeling de fenol pode gerar uma resposta inflamatória que, por sua vez, pode levar a alterações nos níveis de glicemia durante o período de recuperação, conforme contou o Dr. Felipe. O especialista irá acompanhar de perto a glicemia do paciente e fornecerá as orientações necessárias para manter o controle glicêmico adequado.
Em resumo, este procedimento pode ser um procedimento seguro e eficaz para pessoas com diabetes, desde que realizado com acompanhamento médico especializadoe com a glicemia sob controle rigoroso.
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