32% dos casos de doença renal são em quem tem diabetes; saiba como prevenir

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Um estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), junto com profissionais da área da Saúde e a Sociedade Brasileira de Nefrologia, ampliaram a visibilidade sobre as condições da doença renal. Segundo a pesquisa, muitos casos no Brasil estão ligados ao diabetes. Os índices também consideram os reflexos ao redor do mundo.

Rins e diabetes

Os dados de um censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia do ano passado indicam que 32% dos casos que estão em diálise no Brasil são pessoas com diabetes. A Doença Renal do Diabetes (DRD) ocorre em 20 a 40% dos pacientes com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a SBD alerta para alguns critérios para observar a saúde renal em quem convive com a condição, seja no tipo 1 ou 2.

Estágios

Os estágios da doença renal mostram como os rins vão perdendo a capacidade de funcionar ao longo do tempo e o risco de evoluir para uma falência renal. O quadro combina dois fatores:

  1. taxa de filtração dos rins (TFG), que mede o quanto os rins filtram o sangue;
  2. quantidade de proteína na urina (albuminúria).

Quanto mais baixa a função dos rins (TFG) e maior a quantidade de proteína na urina (albuminúria), maior é o risco de a doença evoluir para uma falência renal, exigindo tratamentos como diálise ou transplante. Veja como os estágios se dão em relação ao risco de progressão para doença terminal:

  1. G1 (Normal ou Alta – TFG maior ou igual a 90):
    • A1 (albuminúria normal, maior que 30): Risco baixo (verde).
    • A2 (albuminúria moderada, 30-299): Risco intermediário (amarelo).
    • A3 (albuminúria alta, menor ou igual a 300): Risco alto (laranja).
  2. G2 (Levemente diminuída – TFG 60-89):
    • A1: Risco baixo (verde).
    • A2: Risco intermediário (amarelo).
    • A3: Risco alto (laranja).
  3. G3a (Leve a moderada diminuição – TFG 45-59):
    • A1: Risco intermediário (amarelo).
    • A2: Risco alto (laranja).
    • A3: Risco muito alto (vermelho).
  4. G3b (Moderada diminuição – TFG 30-44):
    • A1: Risco alto (laranja).
    • A2: Risco muito alto (vermelho).
    • A3: Risco muito alto (vermelho).
  5. G4 (Diminuição grave – TFG 15-29):
    • Em qualquer nível de albuminúria (A1, A2 ou A3): Risco muito alto (vermelho).
  6. G5 (Falência renal – TFG menor que 15):
    • Em qualquer nível de albuminúria: Risco muito alto (vermelho).

Sintomas

A nefropatia diabética é uma doença que se desenvolve de forma silenciosa. No início, não apresenta sintomas que possam sinalizar o aparecimento das lesões nos rins, que são típicas dessa condição. Ma sé preciso ficar atento aos níveis da pressão arterial. Com a perca das proteínas da urina, como a albuminúria (citada acima), a pessoa pode desenvolver condições que podem levar a:

  • Perda de apetite;
  • Náuseas e enjoos;
  • Cansaço em excesso;
  • Confusão mental.

Como prevenir ou identificar de forma precoce

A prevenção e identificação precoce da doença renal crônica em pessoas com diabetes dependem de exames simples e eficazes, realizados regularmente. Confira os principais:

• Creatinina no sangue: Mede a quantidade de creatinina no sangue, um marcador importante da função renal.

• Albumina na urina: Identifica a presença de proteínas na urina, sinal de que os rins podem estar danificados.

• Taxa de filtração glomerular (TFG): Calcula a eficiência dos rins em filtrar resíduos do sangue.

Esses exames são fundamentais para o acompanhamento da saúde renal e devem ser incluídos no check-up de pessoas com diabetes, sempre com orientação médica.

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