No mês em que se celebra o amor, histórias reais inspiram mais do que qualquer presente. Em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, dois jovens empresários mostram que convivência, respeito e cuidado vão muito além das declarações do Dia dos Namorados. Anne Katherine Teixeira e Murillo Castor vivem, juntos, a rotina do diabetes tipo 1 e compartilham, com leveza e parceria, os altos e baixos da glicemia e da vida a dois.
Logo de início, a história do casal chama atenção pela conexão inesperada. Anne, de 26 anos, criou um perfil no Instagram chamado @vidasaudavelcomdiabetes para dividir seu dia a dia com a condição crônica. O Murillo, também diagnosticado com diabetes tipo 1, acabou seguindo o perfil. A partir daí, começaram as conversas.

“Nos conhecemos há 1 ano, através do Instagram. Ele me seguiu lá e começamos a trocar ideia. Aí, depois de muito tempo, ele me chamou pra sair e vimos que tínhamos muito mais em comum do que a diabetes”, conta Anne.
Desde então, a rotina dos dois se entrelaça. Além do carinho e da admiração mútua, o casal compartilha hábitos saudáveis, compromisso com o tratamento e uma troca constante de apoio emocional e prático.
Atividade física e insulina: tudo em dupla
Ao longo da semana, Anne e Murillo seguem uma agenda organizada e disciplinada. Alimentação balanceada, contagem de carboidratos, uso de sensores de glicose e prática regular de exercícios fazem parte do dia a dia do casal, sempre em sintonia.
“A nossa rotina é bem parecida, né? Em relação à alimentação, atividade física. Enfim, tudo isso é bem parecido. A gente é bem regrado em relação à nossa rotina com a diabetes durante a semana”, explica Anne.
Segundo ela, os dois gostam de monitorar os níveis de glicose juntos. Aplicar o sensor no outro virou um ritual de cuidado. Quando um tem dúvidas, o outro ajuda: “O Murillo sempre faz a contagem de carbo porque ele é melhor do que eu.”
Parceria que fortalece o controle do diabetes
Viver com diabetes tipo 1 exige, antes de tudo, atenção constante, disciplina e paciência. Além disso, oscilações de humor, variações glicêmicas e riscos de hipoglicemia fazem parte da realidade de quem convive diariamente com essa condição. Por isso, ter ao lado alguém que entende profundamente esse contexto ajuda a transformar não só o tratamento, mas também a qualidade de vida do casal. Dessa forma, no dia dos namorados e diabetes, é possível celebrar o amor com mais equilíbrio, segurança e cuidado mútuo. Afinal, apoio emocional e parceria diária contribuem diretamente para o bem-estar físico e mental de quem convive com o diabetes tipo 1.
“Nós auxiliamos muito no tratamento um do outro, sempre fazemos atividade física juntos, gostamos de aplicar o sensor um no outro”, reforça Anne.
Além disso, o casal acredita que o respeito e a empatia fazem toda a diferença nos momentos difíceis. Em datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, o apoio mútuo permite que ambos aproveitem as celebrações com tranquilidade e segurança, sem abrir mão do autocuidado.
Além disso, Anne e Murillo dão um recado para todos que namoram uma pessoa com diabetes:
“O recado que deixamos é: sempre tenha paciência com o seu companheiro. Não é fácil lidar com os altos e baixos da diabetes e o seu apoio faz toda diferença no tratamento.”
Dia dos Namorados e diabetes: é possível viver com equilíbrio
Com a chegada do Dia dos Namorados, muitas pessoas com diabetes tipo 1 se perguntam como aproveitar a data sem comprometer o controle glicêmico. Assim como Anne e Murillo, milhares de casais aprendem a adaptar o cardápio, ajustar doses de insulina e fazer escolhas conscientes, sem perder o romantismo.
A data também convida à reflexão sobre o papel dos relacionamentos no autocuidado. Quando o amor inclui escuta, presença e compromisso, o controle da glicose se torna menos solitário. Para quem convive com o diabetes, encontrar alguém que entenda as necessidades e respeite os limites se torna um verdadeiro presente.
Relacionamentos que inspiram no Dia dos Namorados
Ao compartilhar sua rotina, Anne e Murillo mostram que o diabetes pode ser parte da história, mas não define o relacionamento. Pelo contrário, fortalece os laços. O aprendizado é constante e o amor cresce na mesma proporção do cuidado mútuo.
Em tempos de redes sociais, onde tantas histórias começam com um “seguir”, o casal de Petrópolis mostra que o afeto sincero e o apoio verdadeiro ainda fazem toda diferença. Especialmente quando o assunto é viver bem, com ou sem diabetes.
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