A vida de quem tem diabetes tipo 1 não é fácil. É preciso controlar a glicose no sangue várias vezes ao dia, e, normalmente, isso exige furar o dedo muitas vezes, o que pode se tornar doloroso e cansativo com o tempo. No entanto, uma boa notícia foi anunciada para quem convive com a condição em Bagé, no Rio Grande do Sul: a Comissão de Orçamento, Finanças e Contas da Câmara Municipal aprovou o projeto de lei 51/2025, que garante o fornecimento gratuito do sensor de glicose para pessoas com diabetes tipo 1.
Entenda o que muda com o novo projeto
De autoria do vereador Ronaldo Hoesel, a proposta tem como foco facilitar o dia a dia de quem precisa monitorar os níveis de açúcar no sangue de forma constante. A partir da aprovação definitiva e execução da lei, o Poder Executivo de Bagé ficará responsável por distribuir, sem custos, o aparelho e todos os materiais necessários para seu uso.
O benefício será destinado exclusivamente para quem mora em Bagé e possui diagnóstico de diabetes tipo 1. Para isso, será necessário apresentar um laudo médico, exame laboratorial ou receita que comprove a necessidade do uso contínuo do sensor de glicose. O processo é simples, mas exige comprovação para garantir que o recurso chegue a quem realmente precisa.
Além disso, o paciente deve seguir um tratamento regular e contar com o acompanhamento de um profissional de saúde que recomende o uso do dispositivo.
Tecnologia do sensor de glicose a favor da saúde
A principal vantagem dessa tecnologia está na praticidade e precisão. Diferente do método tradicional, o sensor fornece informações mais detalhadas sobre as variações da glicose ao longo do dia. Isso permite que o paciente, junto com o médico, faça ajustes no tratamento de maneira mais rápida e eficiente.
Outra vantagem é que o aparelho ajuda a evitar crises de hipoglicemia e hiperglicemia, condições perigosas que podem acontecer quando o nível de açúcar no sangue cai ou sobe demais. Com os dados em tempo real, é possível prevenir esses episódios com muito mais segurança.
Além disso, essa medida pode aliviar o sistema de saúde pública no futuro. Isso porque, com um controle mais eficaz da glicose, as chances de complicações graves diminuem, o que pode significar menos internações e menos gastos para o município.
O que vem pela frente quanto ao sensor de glicose
Agora que o projeto já passou pela Comissão de Orçamento, ele seguirá tramitando na Câmara Municipal até sua aprovação final. Se for sancionado, a distribuição do sensor de glicose começará a ser organizada pelo Executivo municipal.
Enquanto isso, famílias que lutam diariamente contra os desafios do diabetes tipo 1 já começam a enxergar uma nova esperança. Afinal, viver com mais conforto, segurança e autonomia não deve ser privilégio de poucos, mas um direito de todos.
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