Vitamina D: novas doses e recomendações para pré-diabéticos

Alimentação

No começo deste mês, em Boston nos Estados Unidos, durante o congresso internacional de endocrinologia e metabolismo, o Endocrine Society, foi anunciado novas recomendações a respeito do uso da vitamina D.

Um grupo de especialistas em saúde revisou estudos para responder a 14 questões importantes sobre o uso dela para prevenir doenças. Eles avaliaram os efeitos dela diversas condições, como gravidez e pré-diabetes, sem a necessidade de exames de sangue para medir os níveis de vitamina.

Esses pesquisadores recomendam a suplementação de vitamina D para crianças e adolescentes de 1 a 18 anos para prevenir o raquitismo e reduzir infecções respiratórias; para pessoas com 75 anos ou mais para diminuir a mortalidade; para gestantes para reduzir riscos como pré-eclâmpsia e partos prematuros; e para pessoas com pré-diabetes para evitar que a condição evolua para diabetes. No entanto, eles não recomendam a suplementação para adultos saudáveis com menos de 75 anos.

Vitamina D: o que dizem os especialistas

Para entender melhor essas recomendações, conversamos com o Dr. Francisco Bandeira, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Segundo ele, as novas recomendações da Endocrine Society não são muito diferentes das antigas orientações do Institute of Medicine (IOM), dos EUA.

“O IOM já recomenda a suplementação de vitamina D para evitar deficiências graves, como osteomalácia. A novidade agora é a recomendação de suplementação sem precisar fazer exames de sangue para medir os níveis dela”, explicou Dr. Bandeira. Ele também mencionou que essas diretrizes são consideradas conservadoras, ao sugerirem pequenas quantidades de suplementação para crianças e adolescentes e não recomendam suplementação para adultos saudáveis.

As novas diretrizes não incluem a suplementação de vitamina D para pessoas com diabetes, apenas para aqueles com pré-diabetes. Além disso, a Endocrine Society não recomenda exames de sangue de rotina para medir os níveis de vitamina D, o que gera críticas, pois o IOM relaciona a suplementação de vitamina D à ingestão adequada de cálcio.

As recomendações enfatizam a relevância da vitamina D para grupos específicos, como crianças, adolescentes, idosos, gestantes e pessoas com diabetes. Apesar das críticas, essas diretrizes mostram que a suplementação de vitamina D pode ser uma medida eficaz e acessível. No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para definir as doses ideais e avaliar a necessidade de exames de rotina.

Participe do nosso CANAL e receba as principais notícias na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *