A Universidade de São Paulo (USP), por meio da Faculdade de Medicina (FMUSP) e do Hospital das Clínicas, divulgou um comunicado oficial em resposta à repercussão da participação da Dra. Linamara Battistella na audiência pública sobre o Projeto de Lei 2.687/2022, realizada no Senado Federal no dia 3 de dezembro. A declaração veio após a USP ser procurada pelo portal Um Diabético, que solicitou esclarecimentos sobre o caso.
No comunicado, a USP reafirmou seu compromisso com as pessoas com diabetes tipo 1 e destacou sua colaboração com o Sistema Único de Saúde (SUS) para o fortalecimento das políticas públicas de saúde. A instituição esclareceu que a participação de Linamara ocorreu na qualidade de especialista em deficiência, com reconhecimento internacional, e teve como objetivo enriquecer o debate com informações técnicas.
Durante a audiência, Linamara se posicionou contra a proposta que classifica o diabetes tipo 1 como deficiência. Contudo, sua declaração associando o diabetes tipo 1 ao consumo de açúcar gerou forte repercussão. Especialistas destacaram que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Essa condição não está relacionada ao consumo de açúcar e não pode ser prevenida. Seu tratamento exige o uso diário de insulina e monitoramento rigoroso dos níveis de glicose no sangue.