Comissão aprova projeto de lei que classifica diabetes tipo 1 como deficiência

Tratamento

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

O projeto de Lei 2687/2022 acaba de ser aprovado na comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Câmara dos Deputados. O parecer do relator Sargento Portugal (PODE/RJ) foi acatado por todos os integrantes da comissão. A proposta classifica o diabetes autoimune (tipo1) como deficiência para efeitos legais.

O deputado federal Sargento Portugal deu um testemunho pessoal antes de ler o relatório: “eu sei o quanto é difícil” / Foto: reprodução TV Câmara

Antes de apresentar o relatório o deputado deu um testemunho pessoal. Ele é pai de uma criança com diabetes. “Uma das coisas mais maravilhosas que a gente tem de participar dessa comissão é quando você tem a experiência dentro de casa. Quem escreveu [esse relatório] foi um pai que passou por uma ausência de assistência. Eu sei bem que é muito difícil, mas a gente está aqui pra melhorar a qualidade de vida dos nossos pares”, comentou.

Na leitura do relatório, Sargento Portugal destacou por quais motivos é favorável ao PL: “devido às dificuldades de acesso ao tratamento ainda hoje existente em nossa país e de varias complicações que ainda podem ser apresentadas em razão da doença”.

As deputadas Maria Rosas (REPUBLIC-SP), Dayany Bittencourt (UNIÃO-CE) e Rosângela Moro (UNIÃO-SP) também apoiaram a proposta.

Algumas pessoas que estavam presentes na reunião vibraram e aplaudiram assim que o presidente da comissão anunciou a aprovação do projeto.

Agora a proposta segue o mesmo trâmite em mais duas comissões: Saúde e Constituição e Justiça e Cidadania. Se aprovado passa a valer como lei.

O que muda

Depois de virar lei, pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM 1) terão os mesmos direitos já adquiridos pelas pessoas com deficiência (PCD) no Brasil. Entre eles: menos tempo de contribuição para conseguir a aposentadoria, cotas que garantam a entrada no mercado de trabalho, prioridade para receber medicamentos e insumos.