Universidade procura voluntários para estudo sobre dor no ombro e diabetes

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Pesquisadores da UFSCar, em São Carlos, interior de São Paulo, recrutam pessoas com diabetes com idades entre 18 e 65 anos; Eles receberão avaliação musculoesquelética gratuita

Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético

Uma pesquisa de doutorado na UFSCar, a Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo, busca voluntários para investigar a relação entre a dor no ombro e o diabetes.

Lívia Bernardi Nardini – aluna de iniciação científica; Julia Kortstee Ferreira – doutoranda e responsável pela pesquisa; e Milena Stephanie Bezerra Balbino – aluna de iniciação científica

O estudo é desenvolvido pela fisioterapeuta Julia Kortstee Ferreira, sob orientação professora doutora Paula Rezende Camargo.. A pesquisadora avalia que o estudo é importante uma vez que há poucas pesquisas sobre possíveis sintomas e alterações que podem ocorrer no ombro de quem tem diabetes. O objetivo é verificar sintomas dolorosos e a funcionalidade do ombro, além de sinais e sintomas de neuropatia diabética. “Nós investigamos também uma complicação comum da diabetes, que é a neuropatia periférica diabética. Tentamos entender também se essa complicação pode estar associada à dor e alterações no ombro”, afirma Julia.

A professora doutora Paula Rezende Camargo, orientadora da pesquisa

A neuropatia diabética é uma complicação bastante comum do diabetes e leva à ocorrência de danos aos nervos periféricos do corpo. Esses nervos carregam informações que saem do cérebro e informações que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal. Já há estudos que apontam uma maior prevalência de queixas e alterações musculoesqueléticas em pessoas com diabetes quando comparadas às pessoas sem diabetes: “Pretendemos verificar se a dor no ombro é mais prevalente e incapacitante em quem tem diabetes, e entender se ela tem relação com a neuropatia diabética. Além disso, estamos tentando caracterizar a manifestação da neuropatia diabética nos membros superiores”, conclui a pesquisadora.

Quem pode participar

A avaliação é feita no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Para participar do estudo, são convidados homens e mulheres com idade entre 18 e 65 anos. As pessoas não podem: ter problemas na tireoide, fibromialgia, fratura ou cirurgia ortopédica recente nos membros superiores, e ter realizado tratamento fisioterapêutico ou infiltração para o ombro nos últimos 6 meses.

A pesquisa conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).